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Medidas do governo contra tarifa americana devem incluir crédito a exportadores e proteção emergencial

Diante da iminente tarifa de 50% anunciada por Trump, o governo brasileiro articula medidas emergenciais para proteger suas exportações, como crédito facilitado a exportadores e reativação de mecanismos de preservação de empregos. O plano, focado em setores vulneráveis como o aço, inclui negociações com os EUA e análise de salvaguardas comerciais. Descubra como essas ações podem impactar a balança comercial e a indústria nacional.
medidas do governo contra tarifa americana
A equipe econômica também considera novas linhas de crédito emergencial por meio de bancos públicos. (Imagem Ilustrativa)

Como o Brasil deve reagir à tarifa de 50% anunciada por Trump? Diante da ameaça concreta que entra em vigor em 01/08, o governo federal articula um conjunto de medidas contra tarifa americana para reduzir os impactos nas exportações nacionais. A estratégia combina crédito facilitado a exportadores e proteção emergencial ao emprego, com base em modelos usados anteriormente.

Conforme publicado pela Folha de São Paulo, uma das alternativas mais avançadas das medidas contra a tarifa americana, é a reativação do mecanismo de redução de jornada e salário com complementação pública. Essa medida é inspirada no BEm (Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda), que foi amplamente utilizado durante a pandemia e ainda está previsto no arcabouço legal brasileiro.

Medidas contra tarifa americana têm foco emergencial

O plano em construção envolve medidas contra a tarifa americana, com três prioridades claras, segundo o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe. Após reunião com o vice-presidente Geraldo Alckmin, Roscoe afirmou que a primeira frente é evitar a tarifa de 50% dos EUA via negociação com Washington. A segunda é buscar o adiamento do início da sobretaxa de Trump. Por fim, a terceira é acionar medidas mitigadoras como linhas de crédito para empresas exportadoras e preservação de empregos.

Além disso, o governo analisa o uso de instrumentos da Organização Mundial do Comércio (OMC), como salvaguardas comerciais e ações antidumping. O foco está em setores industriais mais atingidos, como o de produtos semimanufaturados de aço. O objetivo é garantir equilíbrio competitivo e defender o mercado interno da indústria nacional.

Exportações brasileiras pressionadas por tarifa e dumping

O setor do aço aparece como o mais vulnerável, sofrendo duplamente. Além da tarifa de 50% dos EUA, há também a concorrência desleal da China. O país asiático exporta a preços abaixo do custo devido ao excesso de capacidade produtiva, fenômeno caracterizado como dumping da China. Por isso, o governo mapeia outros segmentos com forte exposição ao mercado americano, como parte de sua defesa comercial brasileira.

Francisco Gomes Neto, presidente da Embraer, revelou à Folha que apresentou uma proposta a Alckmin para ampliar a balança comercial Brasil-EUA. A sugestão inclui negociar reduções tarifárias recíprocas em áreas que não prejudiquem a indústria brasileira. Essa medida busca manter as exportações brasileiras em mercados estratégicos.

Crédito e proteção ao emprego como resposta imediata

Entre as medidas contra a tarifa americana, ganha força a criação de um programa de compensação temporária de renda. O modelo atenderia trabalhadores de empresas exportadoras e dividiria custos entre o governo e os empregadores. Segundo Roscoe, essa proposta já foi discutida com Alckmin e não exigiria nova legislação, pois se apoia em normas de exceção para crises econômicas.

A equipe econômica também considera novas linhas de crédito emergencial por meio de bancos públicos. O foco é apoiar o capital de giro das indústrias voltadas à exportação. A intenção é evitar que a restrição de mercado internacional provoque demissões ou paralise a produção no curto prazo.

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