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SkyWest rejeita tarifa de 50% sobre compra de jatos da Embraer

A SkyWest, principal operadora regional americana, está em alerta após a proposta de uma tarifa de 50% sobre jatos da Embraer. Com 74 aeronaves encomendadas até 2032, a companhia estuda adiar entregas. O CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, menciona o impacto da tarifa e as preocupações sobre cancelamentos, mas ainda mantém otimismo em encontrar uma solução diplomática.
Avião da SkyWest voando acima das nuvens, alvo da tarifa de 50% sobre jatos da Embraer
Jato da SkyWest pode ter entrega cancelada caso tarifa de 50% sobre jatos da Embraer entre em vigor (Imagem: Divulgação/SkyWest)

A possível implementação da tarifa sobre jatos da Embraer de 50% pelos Estados Unidos acendeu o alerta na SkyWest, maior operadora regional americana, que pode até cancelar os pedidos. A companhia, que tem 74 aeronaves da fabricante brasileira encomendadas até 2032, afirmou publicamente que não pretende arcar com o custo da sobretaxa. Diante disso, o CEO da SkyWest, Chip Childs, defendeu um acordo entre os governos para evitar prejuízos econômicos às comunidades americanas.

Nova tarifa sobre jatos da Embraer pode adiar entregas

A nova tarifa sobre jatos da Embraer de 50%, anunciada pelo presidente Donald Trump, deve entrar em vigor na próxima sexta-feira (01/08). Caso a sobretaxa seja mantida, a SkyWest estuda adiar suas entregas. Segundo o diretor comercial Wade Steele, a empresa trabalhará com seus parceiros e a Embraer para postergar os recebimentos enquanto a situação não se resolve. A medida reforça o risco de congelamento de negócios no setor.

Mercado dos EUA concentra pedidos e ameaça a Embraer

Os Estados Unidos representam 45% das vendas de jatos comerciais da Embraer e 70% das vendas de jatos executivos. Entre os 437 aviões atualmente encomendados, 229 são destinados a clientes norte-americanos. Além da SkyWest, destacam-se American Airlines (90 unidades), Republic Airlines (35), Azorra (18), Aircastle (9) e Horizon Air/Alaska (3).

Esse protagonismo posiciona os Estados Unidos como mercado estratégico para a sustentabilidade da Embraer. Por isso, segundo a própria empresa, o impacto da tarifa sobre os jatos da Embraer seria de R$ 50 milhões por avião. A avaliação do CEO da companhia, Francisco Gomes Neto, é direta: “dificilmente uma companhia vá pagar uma quantia desse montante”. Além disso, a empresa alerta para risco de cancelamentos, cortes de investimento e demissões — nos mesmos níveis da crise da pandemia, quando 2,5 mil trabalhadores foram dispensados.

Embraer mantém otimismo por acordo bilateral

Apesar das incertezas, a Embraer afirmou nesta segunda-feira (28/07) que segue confiante em uma solução diplomática. Assim, a empresa está atuando junto às autoridades para restaurar a isenção de tarifas no setor aeronáutico. A meta é preservar um mercado que, para o Brasil, é estratégico tanto industrial quanto comercialmente.

A Embraer registrou prejuízo ajustado de R$ 428,5 milhões no 1T25.

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