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Produtos isentos das tarifas dos EUA contra o Brasil: veja a lista

Nesta quarta-feira, o governo dos EUA anunciou uma tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil, aumentando as tensões bilaterais. Alguns itens, como aeronaves, celulose e fertilizantes, foram isentos da alíquota extra para evitar inflação interna e proteger indústrias críticas. No entanto, produtos como café e carne bovina não foram incluídos na isenção, destacando a fragilidade da pauta exportadora brasileira. Descubra os detalhes e o impacto dessa medida nas relações comerciais.
Produtos isentos das tarifas contra o Brasil
Alguns itens foram deixados fora da tarifa adicional prevista na ordem executiva. (Imagem: Ilustrativa/ENB)

Nesta quarta-feira, (30/07), o governo dos Estados Unidos oficializou a tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil, com a assinatura da ordem executiva por Donald Trump. A medida impõe um novo patamar de restrição comercial e marca um dos momentos mais tensos nas relações bilaterais. No entanto, o decreto assinado inclui uma lista de produtos que foram poupados da alíquota extra. Nesta matéria, você vai entender quais setores escaparam da cobrança, por que esses produtos ficaram isentos das tarifas contra o Brasil e como foram estrategicamente preservados pela Casa Branca.

Lista de produtos isentos das tarifas contra o Brasil

Confira a lista dos produtos isentos das tarifas contra o Brasil de 50%:

  • Aeronaves civis e peças (ex: Embraer)
  • Metais de silício
  • Ferro-gusa
  • Alumina de grau metalúrgico
  • Minério de estanho
  • Polpa de madeira e celulose
  • Metais preciosos
  • Energia e produtos energéticos
  • Fertilizantes
  • Derivados de petróleo
  • Subprodutos de aço e ferro
  • Máquinas e equipamentos industriais
  • Componentes eletroeletrônicos
  • Óleos lubrificantes
  • Suco e polpa de laranja

Por que produtos isentos das tarifas contra o Brasil

A decisão de isentar produtos como celulose, silício, aeronaves e derivados de petróleo não foi aleatória. Abaixo, os principais motivos:

Evitar inflação interna

Proteger cadeias industriais críticas

  • Metais de silício, alumina e subprodutos siderúrgicos: essenciais para indústrias de tecnologia, automóveis e metalurgia.
  • Componentes eletroeletrônicos: usados em larga escala na indústria americana.

Reduzir impacto sobre empresas americanas

  • Aeronaves da Embraer são operadas por companhias dos EUA.
  • Celulose entra na cadeia de papel, embalagens e produtos de higiene.
  • Derivados de petróleo e óleos lubrificantes abastecem várias indústrias e o setor logístico.

Produtos que ficaram de fora da isenção

Por outro lado, produtos relevantes da pauta exportadora brasileira não foram contemplados na lista de exceções:

  • Café verde e torrado
  • Carne bovina e de frango
  • Pescado e frutos do mar
  • Açúcar e etanol (que serão sobretaxados)

Esses itens, apesar da importância para o Brasil, não representam dependência crítica para os EUA, e a tarifa adicional pode ser absorvida internamente ou redirecionada para outros mercados.

Quadro-resumo: quem escapa x quem paga

Isentos (livres da tarifa):

  • Suco de laranja
  • Celulose
  • Energia
  • Fertilizantes
  • Aviões e peças
  • Metais de silício

Sobretaxados (50%):

  • Etanol
  • Carne bovina
  • Pescado
  • Café
  • Açúcar

Impacto dos produtos isentos das tarifas

A composição da lista de produtos isentos mostra que os Estados Unidos buscaram preservar setores que poderiam gerar efeitos colaterais internos, como pressão inflacionária ou desorganização de cadeias industriais. A decisão, no entanto, ainda é vista como parcial e sujeita a revisões, a depender do avanço das negociações bilaterais.

Segundo Pedro Brandão, especialista em finanças e CEO da CredÁgil, a tendência é que a lista de exceções não esteja encerrada.

“A lista de isentos revela que o governo americano tomou uma decisão estratégica para proteger cadeias produtivas críticas internas. Ainda assim, acredito que outros produtos possam ser liberados nas próximas semanas, especialmente se houver pressão diplomática combinada com o lobby de grandes empresas americanas que dependem de insumos brasileiros”, disse Brandão ao Economic News Brasil.

A decisão americana expõe a fragilidade da pauta exportadora brasileira frente às disputas geopolíticas. Ao deixar de fora produtos isentos das tarifas contra o Brasil, como café e pescados, os EUA sinalizam que a medida tem viés político, mas também está ancorada em interesses comerciais práticos. Setores exportadores agora avaliam os efeitos e cobram uma resposta diplomática mais firme do governo brasileiro.

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