A circulação de obras falsas do pintor Antônio Bandeira voltou ao centro das atenções no mercado brasileiro com a nova fase da Operação Cena de Botequim. O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) deflagrou a ação nesta quarta-feira (06/08). Com isso, o órgão busca desarticular uma possível quadrilha especializada na falsificação e venda de quadros atribuídos ao mestre cearense.
Perícia será decisiva para apurar autenticidade das obras
As 13 peças apreendidas, atribuídas falsamente ao pintor Antônio Bandeira, serão submetidas à perícia em arte moderna brasileira, com o objetivo de comprovar a falsidade das obras. Entre os alvos estão um perito, uma contadora, um empresário e um servidor público. Todos são investigados por envolvimento em um esquema criminoso no mercado cultural.
Primeira fase mapeou localização de quadros suspeitos
Segundo o MPCE, a operação começou em 2022, quando os agentes apreenderam documentos que facilitaram a localização de quadros suspeitos de falsificação do artista. A partir dessas provas, os investigadores avançaram agora para a etapa de apreensão de obras e equipamentos associados à suposta comercialização de trabalhos atribuídos ao pintor Antônio Bandeira.
Valorização de Bandeira reforça impacto das falsificações
Reconhecido internacionalmente, as obra de Antônio Bandeira são comercializadas por valores entre R$ 380 mil e R$ 4 milhões, segundo registros de mercado. Por isso, cada obra falsa atribuída ao artista representa um ativo com alto potencial de engano no mercado negro da arte.
Investigações sobre obra de arte falsa de Antônio Bandeira avançam para outras cidades
A continuidade da investigação conduzida pelo Núcleo de Investigação Criminal (Nuinc) concentra-se agora na ampliação da responsabilização criminal. O foco está no aprofundamento das conexões entre os envolvidos e na identificação de possíveis novos destinos das obras falsificadas. A operação, coordenada no Ceará, também executou mandados em São Paulo e Caraguatatuba, com base em ordens da 14ª Vara Criminal de Fortaleza. Além disso, o esforço conjunto com o Gaeco-SP, a Polinter e a Polícia Civil do Ceará reforça o caráter interestadual da investigação.