A história começa com a trágica revelação feita após a morte de Rudolf Blum, um renomado colecionador suíço de arte russa e ucraniana. Suas filhas, ao avaliar a herança, descobriram que muitas das preciosas obras de arte adquiridas eram, na verdade, falsificações. A notícia abalou Beatrice Gimpel McNally, que viu a paixão de seus pais por arte ser manchada por uma fraude monumental.
Origem da coleção
Rudolf e Leonor Blum, pais de McNally, eram colecionadores ávidos, dedicados especialmente à avant-garde russa. Suas aquisições frequentemente vinham da Galeria Orlando, em Zurique, considerada uma fonte confiável. No entanto, após a morte de Rudolf e durante a doença de Leonor, a verdade sobre a autenticidade das obras começou a vir à tona.
Arte falsificada: trilha até Zaks
A investigação conduzida por McNally após a morte de sua mãe rastreou parte da coleção até Leonid Zaks, um comerciante israelense com raízes na União Soviética. A história da coleção Zaks, cheia de lacunas e inconsistências, levantou suspeitas entre especialistas e expôs finalmente a fraude.
Desvendando as falsificações
A análise conduzida pela diretora do laboratório Art Discovery em Londres, Jilleen Nadolny, confirmou as suspeitas: uma obra atribuída a Lissitzky, pertencente à coleção Blum, era uma falsificação. A descoberta representou não apenas uma perda financeira significativa para a família Blum, mas também um golpe para a integridade do mercado de arte como um todo.
Impacto nos museus
O escândalo da arte falsificada ultrapassou as fronteiras da coleção privada dos Blum, afetando instituições renomadas mundialmente. Museus como o Instituto de Arte de Minneapolis e o Museu de Arte de Cleveland encontraram-se inadvertidamente envolvidos, com obras supostamente autênticas provenientes da coleção Zaks revelando-se falsas. A controvérsia gerou uma revisão crítica das práticas de aquisição e autenticação no mundo da arte.
