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Chefe de gabinete de Hugo Motta recebeu procuração para movimentar salários

Um escândalo envolvendo o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, está em evidência após denúncias de movimentação irregular de salários por assessores. A chefe de gabinete, Ivanadia Veloso Meira Lima, recebeu procurações que permitiram a gestão de contas e pagamentos de funcionários, incluindo um caseiro que também atuava como assessor. Com indícios de funcionários fantasmas e a centralização de operações, a situação levanta questões sérias sobre a transparência no uso de recursos públicos. As repercussões podem ser significativas, colocando Motta sob pressão para renunciar ou enfrentar um processo de cassação.
Hugo Motta
Denúncia aponta Hugo Motta em esquema de procurações de assessores para movimentar salários, revelado pelo Metrópoles e confirmado pela Folha. (Foto: Agência Câmara)

Um caseiro contratado como assessor e procurações permitindo movimentar salários. Esse é o retrato de uma prática exposta recentemente, que coloca em xeque a transparência no uso de recursos públicos. A denúncia, publicada pelo Metrópoles e confirmada pela Folha de S. Paulo, aponta que Hugo Motta, atual presidente da Câmara dos Deputados, esteve no centro de um esquema envolvendo assessores e a movimentação de salários.

Os poderes da chefe de gabinete

Segundo os registros, Ivanadia Veloso Meira Lima, chefe de gabinete de Hugo Motta, recebeu em 2011 uma procuração para movimentar salários e contas de Ary Gustavo Soares. Embora registrado como assessor parlamentar, ele atuava como caseiro da família Motta em Teixeira (PB). O documento dava poderes para abrir contas, emitir cheques e administrar pagamentos.

A prática não foi isolada. De acordo com a reportagem, outros nove assessores assinaram autorizações semelhantes, ampliando o controle da chefe de gabinete sobre os recursos públicos destinados à folha de pagamento.

Hugo Motta e o caso dos assessores

Conforme a denúncia, no caso de Ary Gustavo, além da função de caseiro, ele também trabalhava como motorista do deputado. Recebia salário integral da Câmara e ainda R$ 7.200 em auxílios. Outro exemplo foi o motorista Jane Costa Gorgônio, que em 2010 também assinou procuração semelhante. Esses episódios reforçam suspeitas de que parte da equipe parlamentar exercia funções privadas, mesmo sendo remunerada como assessoria pública.

A centralização dessas operações levantou indícios de irregularidades e até de possíveis funcionários fantasmas. O silêncio de Hugo Motta diante das revelações aumenta a pressão por esclarecimentos e fiscalização.

Situação Hugo Motta

Segundo parlamentar ouvido pelo Economic News Brasil, a denúncia contra Hugo Motta é grave e pode gerar desdobramentos institucionais relevantes. Caso as irregularidades se confirmem, o parlamentar poderá enfrentar pressão para renunciar à presidência da Câmara ou responder a processo de cassação no Conselho de Ética. O precedente mais próximo é o do ex-deputado Severino Cavalcanti, que em 2005 deixou a presidência após acusações de cobrar propina para renovar o contrato de um restaurante na Casa. Na ocasião, Cavalcanti também renunciou ao mandato para evitar a cassação. O cenário atual coloca Hugo Motta sob risco político semelhante, com potencial de provocar uma crise de grandes proporções no Legislativo.

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