Milhões de trabalhadores com carteira assinada terão acesso a uma maior praticidade e autonomia nos seus contratos de crédito. Na próxima quinta-feira (21/08), o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) começará a migrar cerca de 4 milhões de contratos do consignado CLT antigos para a plataforma Crédito do Trabalhador. A medida permitirá a portabilidade diretamente pelo celular.
O novo processo tem o prazo de até novembro para finalizar, o que concederá maior liberdade entre convênios e empresas até o fim do ano.
O consignado CLT facilita o acesso a taxas menores e movimenta a economia
O trabalhador poderá escolher a instituição financeira que oferecer as melhores condições do consignado CLT e não precisará comparecer a uma agência. A Dataprev fará a migração para a plataforma, disponível no aplicativo Carteira de Trabalho Digital e também em página própria na internet.
Segundo a Febraban, o mercado de consignado CLT deve ultrapassar R$ 120 bilhões em 2025. Além disso, apenas neste ano, trabalhadores já contrataram R$ 27,8 bilhões em crédito, distribuídos em 5,6 milhões de contratos, com juros médios de 3,58% ao mês.
Quase 60% dos contratos do Crédito do Trabalhador beneficiam empregados que recebem até quatro salários mínimos, grupo que enfrenta dificuldades para acessar crédito em melhores condições. Com a portabilidade digital, esses trabalhadores podem trocar dívidas caras, como cartão de crédito, com juros médios de 15,11% ao mês, ou cheque especial, de 7,47% ao mês, por empréstimos consignados mais acessíveis.
Mais de 70 bancos participam da modalidade, o que também contribui para a redução da taxa ocasionada pelo aumento da competição no mercado. A movimentação no consignado CLT é uma das maiores financeiras do país, impactando diretamente a economia.
O que muda para o trabalhador
- Digitalização: portabilidade 100% online, pelo app.
- Concorrência: mais instituições acessam o perfil do trabalhador via eSocial.
- Economia: juros mais baixos e parcelas reduzidas.
- Flexibilidade: dívidas antigas podem ser migradas entre bancos.
O programa entra agora na quarta etapa de expansão. Antes, os trabalhadores só conseguiam trocar dívidas dentro do mesmo banco ou entre instituições via aplicativo. Agora, eles podem transferir qualquer operação, inclusive as antigas.
Com o consignado CLT, o trabalhador ganha autonomia e pode reduzir custos financeiros sem burocracia. Mais informações estão disponíveis no site do Ministério do Trabalho e Emprego.









