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Daniel Vorcaro não quebrou apesar das perdas e pressões do Banco Master

A recente compra do Banco Master pelo BRB, avaliada em R$2 bilhões, não é apenas uma movimentação no setor bancário, mas um marco que levanta questões sobre o futuro de Daniel Vorcaro, seu controlador. Com a operação, Vorcaro foi afastado da gestão e precisou abrir mão de parte significativa de seus ativos. O BRB assumirá 58% do capital do Master, mas a operação enfrenta desafios regulatórios e a necessidade de ajustes financeiros. O que isso significa para Vorcaro e o futuro do banco? Descubra como essa transação pode redefinir o cenário bancário brasileiro.

A compra do Banco Master pelo BRB, avaliada em R$ 2 bilhões, poderá trazer alívio imediato ao setor bancário. A conclusão do negócio evitará que a fragilidade do Master contamine o mercado, reduza a confiança de clientes e investidores e acione o FGC (Fundo Garantidor de Créditos) em uma eventual quebra, o que teria impacto sistêmico.

Na última semana, o governador Ibaneis Rocha sancionou o projeto de lei aprovado pela Câmara Legislativa do DF que autoriza a operação. O acordo, que ainda depende da análise do Banco Central, não representou apenas uma tentativa de consolidação. Ele expôs fragilidades graves da instituição e colocou em xeque o futuro de seu controlador, Daniel Vorcaro.

O banqueiro, que construiu um patrimônio bilionário, deixará a gestão caso a operação seja aprovada pelo Banco Central e precisou vender ativos pessoais para reforçar a liquidez e capitalizar o banco.

Compra do Banco Master pelo BRB redefine ativos e riscos

O BRB (Banco de Brasília) ficará com 58% do capital do Master. Contudo, o banco escolheu apenas R$ 24 bilhões em ativos de mais qualidade e menos arriscados, como o banco digital Will Bank, operações de câmbio, crédito consignado e parte do atacado. Por outro lado, a instituição deixou de lado R$ 51,2 bilhões em ativos, entre precatórios, direitos creditórios e CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) de alta rentabilidade. Nesse cenário, a exclusão reforça a percepção de que o Master carregava ativos problemáticos e precisava de auditoria independente e maior governança corporativa. Assim, Daniel Vorcaro perdeu protagonismo e liquidez.

Venda de ativos pessoais e efeitos da compra do banco pelo BRB

Para sustentar a compra do Banco Master pelo BRB, Daniel Vorcaro vendeu cerca de R$ 1,5 bilhão em ativos ao BTG Pactual. O pacote incluiu ações de empresas como Light e Méliuz, além do edifício do Hotel Fasano em São Paulo, créditos e precatórios. Em paralelo, ele colocou no mercado outro lote de ativos avaliado em mais de R$ 1 bilhão, com a seguradora Kovr e carteiras judiciais.

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Parte de seu patrimônio de luxo — apartamento no Itaim Bibi avaliado em R$ 60 milhões, mansão em Trancoso de R$ 280 milhões, lancha e jato executivo Gulfstream G700, além da mineradora Itaminas — entrou em negociações com Joesley Batista, conhecidas como Projeto Vesúvio. No entanto, nenhuma fonte oficial confirmou a venda desses bens.

Negociação do Master e os riscos regulatórios

A auditoria detectou necessidade de ajustes no patrimônio líquido do Master e exigiu reforço de caixa para provisões de crédito. O BRB projeta ganhos de R$ 1,5 bilhão em cinco anos. Caso a operação avance com o aval do BC, o conglomerado BRB/Master poderá alcançar R$ 100 bilhões em ativos e se consolidar como uma força no sistema financeiro.

As negociações para a venda do Banco Master começaram em junho de 2023, conforme publicado pelo Economic News Brasil. Na ocasião, após a divulgação da matéria, o banco enviou nota à nossa redação negando a informação. A estratégia de Vorcaro seguiu uma lógica comum em operações de fusões e aquisições: primeiro consolidar o controle majoritário e, em seguida, buscar um comprador em condições mais favoráveis, facilitando as negociações.

No fim, Vorcaro conseguirá preservar parte de seu capital financeiro e manterá o perfil arrojado de quem não se intimida diante das dificuldades — característica que poderá abrir caminho para a reconstrução de seu patrimônio.

Portanto, mesmo com as perdas e pressões ligadas à compra do Banco Master pelo BRB, uma coisa é certa: Daniel Vorcaro não quebrará.

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