Um pedaço de ouro que deveria ter sido destruído se transformou na moeda mais cara do mundo. O 1933 Double Eagle, peça histórica da numismática, alcançou US$ 18,87 milhões em 8 de junho de 2021, no leilão da Sotheby’s em Nova York. A quantia, equivalente a cerca de R$ 102 milhões, surpreendeu colecionadores de moedas raras e estabeleceu um recorde absoluto de valor para moedas históricas.
Por que a moeda mais cara do mundo vale tanto
O segredo está na escassez e na polêmica. Em 1933, o governo dos Estados Unidos aboliu o padrão-ouro e mandou derreter quase todas as moedas Double Eagle. Algumas escaparam, mas apenas um exemplar recebeu autorização legal para colecionadores, após anos de disputas judiciais. Essa raridade transformou a moeda mais cara do planeta em peça de desejo no leilão de moedas e consolidou o título de símbolo de história, política e poder.
O leilão que elevou a moeda mais cara do mundo ao mito
A mesma moeda havia sido vendida em 2002 por US$ 7,59 milhões. Porém, em 2021, o leilão relâmpago que parou o mercado de moedas valiosas multiplicou o preço. O 1933 Double Eagle conquistou definitivamente o posto de moeda mais cara do mundo e entrou para a lista das peças numismáticas milionárias mais disputadas do planeta.
O fascínio em torno da moeda mais cara do mundo
Mais que o peso do ouro, o valor vem da mitologia. A moeda representa um artefato único, envolto em mistério e controvérsia, e já não pertence apenas à esfera dos investimentos. Hoje, a moeda mais cara do mundo ocupa o mesmo espaço de obras de arte e símbolos de prestígio. Essa característica aproxima a peça de outras lendas do colecionismo, como o Flowing Hair Silver Dollar de 1794, vendido por cerca de US$ 12 milhões, e o Brasher Doubloon de 1787, que alcançou US$ 9,36 milhões em 2021.
O futuro do colecionismo
Esse recorde mostra como a moeda mais cara do mundo redefiniu o mercado de numismática. O setor deixou de ser apenas um hobby e passou a integrar o portfólio de investimentos de alto valor. Colecionadores e fundos especializados enxergam moedas raras como patrimônio histórico e também como ativos financeiros exclusivos, capazes de rivalizar com obras de arte clássicas em prestígio e liquidez.