Um dado chama atenção no setor de saúde: no primeiro semestre de 2025, o faturamento da indústria farmacêutica brasileira chegou a R$ 138,3 bilhões, avanço de 11,5% sobre 2024, segundo a Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais (Alanac). O crescimento vem do aumento de preços, mas também da maior procura por medicamentos, refletindo tanto no caixa das empresas quanto no acesso da população.
Laboratórios nacionais ampliam participação
Os laboratórios nacionais foram responsáveis por R$ 80,2 bilhões em receitas, equivalentes a 57,9% do mercado, um salto de 12% frente ao ano anterior. Esse avanço se explica, em parte, pelo desempenho dos genéricos, que faturaram R$ 19,3 bilhões (+10,3%), dos similares (R$ 47,6 bilhões, +14,2%) e dos medicamentos de referência de produção local (R$ 13,3 bilhões, +7,3%). No total, o país vendeu 5,7 bilhões de embalagens no semestre, alta de 5,5%, das quais 4,4 bilhões foram produzidas por empresas nacionais.
Multinacionais ainda dominam referências
Enquanto os nacionais avançam, as multinacionais seguem fortes no segmento de medicamentos de referência. Apenas nesta categoria, movimentaram R$ 34,3 bilhões no período. Para o consumidor, isso significa que o preço dos remédios inovadores continua elevado, mas as alternativas nacionais vêm ganhando espaço em larga escala.
Futuro da indústria farmacêutica brasileira até 2030
A Alanac projeta que o setor seguirá em expansão nos próximos cinco anos, impulsionado pelo vencimento de 1,5 mil patentes até 2030. A indústria farmacêutica brasileira deve se consolidar como polo estratégico global, com a previsão de que 9 em cada 10 medicamentos vendidos até 2030 sejam de produção local. Esse cenário fortalece a autonomia produtiva, reduz custos e atrai investimentos internacionais.Esse cenário promete fortalecer a autonomia produtiva, reduzir custos e consolidar o país como polo estratégico da indústria farmacêutica global









