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Déficit do setor público contrasta com inflação em queda

O Brasil enfrenta um dilema econômico intrigante: enquanto a inflação apresenta sinais de alívio, o déficit do setor público atinge R$ 66,6 bilhões, o segundo pior resultado histórico para julho. Essa fragilidade fiscal não apenas pressiona a dívida pública, que já alcançou 77,6% do PIB, mas também limita a capacidade do Banco Central de reduzir os juros, mantendo a Selic em 15% ao ano. O contraste entre a queda dos preços e o aumento da dívida projeta um cenário de incerteza, com crescimento fraco e custos elevados de capital. Descubra como isso impacta a economia nos próximos anos.
Déficit do setor público em alta
Déficit do setor público pressiona dívida e contrasta com inflação em queda (Imagem: Ilustração)

O Brasil encerrou julho com um déficit do setor público de R$ 66,6 bilhões, segundo o Banco Central. O rombo, inflado pelo pagamento de precatórios, representa o segundo pior resultado da série histórica para o mês. Enquanto a inflação dá sinais de alívio, o dado fiscal reforça a pressão sobre a dívida pública e limita o espaço para cortes de juros, mesmo com a Selic em 15% ao ano.

Déficit do setor público pressiona dívida e confiança

O déficit do setor público de julho ampliou o salto em relação a 2024, quando o rombo havia sido de R$ 21,3 bilhões, e deixou claro que a fragilidade não se limita ao governo central, responsável por R$ 56,4 bilhões. Estados e municípios contribuíram com R$ 8,1 bilhões negativos e as estatais com R$ 2,1 bilhões. O impacto foi imediato: a dívida bruta alcançou 77,6% do Produto Interno Bruto (PIB), ou R$ 9,6 trilhões, enquanto a dívida líquida chegou a 63,7%. Esse avanço coincide com o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (1º de setembro) pelo Banco Central, que projetou inflação menor para 2025, mas também um PIB mais fraco e dólar em alta, reforçando o contraste entre alívio de preços e deterioração fiscal.

Fragilidade fiscal em contraste com o Boletim Focus

  • Boletim Focus reduziu projeção de inflação para 2025: de 4,86% para 4,85%
  • IPCA também revisado para baixo em 2026 (4,31%), 2027 (3,94%) e 2028 (3,8%)
  • Projeção do dólar: R$ 5,56 no fim de 2025
  • PIB: crescimento de apenas 0,3% no 2º trimestre, contra 1,4% no início do ano

Apesar do alívio inflacionário, a dívida crescente obriga o BC a manter a Selic elevada, travando o crédito e o crescimento econômico.

Déficit do setor público redefine o cenário econômico

O contraste entre inflação em queda e déficit elevado revela o impasse central da economia brasileira: mesmo com preços sob controle, a fragilidade fiscal obriga o Banco Central a manter juros altos. Esse descompasso projeta menos crescimento, maior custo de capital e um ambiente de incerteza que deve marcar a economia nos próximos anos.

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