A possibilidade de incluir a venda de medicamentos nos supermercados está prestes a transformar a rotina de milhões de brasileiros. A medida, se aprovada, pode trazer conveniência ao consumidor, ao mesmo tempo em que pressiona o setor farmacêutico no Brasil a se adaptar a um novo modelo de concorrência.
Venda de medicamentos em supermercados avança no Congresso
O Senado aprovou parecer favorável ao projeto que autoriza a venda de medicamentos em supermercados, desde que em área exclusiva e com farmacêutico responsável. Segundo o BTG Pactual, a mudança pode ampliar em até 5% a capacidade do setor, embora sem efeito transformacional imediato. Para consumidores, a medida abre espaço para compras integradas, mas redes tradicionais ainda detêm a força logística e de atendimento.
Setor farmacêutico no Brasil sob pressão de novos players
Além da mudança regulatória, o setor farmacêutico no Brasil acompanha a entrada do Mercado Livre, que adquiriu a farmácia Target, em São Paulo. O movimento, ainda em análise pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), marca a primeira incursão concreta do marketplace em um mercado historicamente regulado. Esse contexto se soma ao avanço da venda de medicamentos em supermercados, ampliando as pressões competitivas sobre as redes tradicionais. O BTG Pactual ressalta que 60% a 70% das vendas são de medicamentos de prescrição, o que reforça a necessidade do Mercado Livre de ampliar a base física.
Concorrência no varejo farmacêutico e os cenários para o consumidor
A combinação de supermercados vendendo medicamentos e plataformas digitais entrando no setor traz novas pressões competitivas. Redes tradicionais, marketplaces e novos canais disputam espaço em um mercado altamente regulado, onde barreiras de entrada seguem elevadas. Para o consumidor, a conveniência pode ser o maior ganho imediato, mas a regulação de farmácias no Brasil mantém freios importantes.
Com esse cenário, a venda de medicamentos em supermercados e a chegada de plataformas digitais indicam um futuro de maior concorrência no varejo farmacêutico. Porém, os efeitos práticos dependerão da aprovação regulatória e da capacidade de execução dos novos entrantes, fatores que devem ditar o ritmo da transformação no setor.











