O emplacamento de veículos no Brasil somou 3,22 milhões de unidades até agosto de 2025, a maior marca em mais de uma década e avanço de 6,6% sobre 2024. Apesar de agosto ter tido dois dias úteis a menos que julho, o setor registrou 431.079 emplacamentos no mês, confirmando o melhor resultado desde 2014. Os dados do emplacamento de veículos foram divulgados nesta quarta-feira (03/09) pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).
O recorte mensal mostra que o emplacamento de veículos de duas rodas liderou, com 185.454 motos, seguido pelo emplacamento de carros leves, que somou 172.280 unidades. Mesmo com a queda de 5,9% ante julho, a média diária do emplacamento de veículos subiu para 20,5 mil unidades. Para a Fenabrave, o setor deve fechar 2025 com expansão de 6,2%.
O presidente da entidade, Arcelio Junior, destacou que “o crescimento está concentrado no Centro-Oeste, que acumula 71,4%, enquanto o Sul cresce apenas 5%”.
Emplacamento de veículos e os segmentos em destaque
O emplacamento de motocicletas deve fechar 2025 com alta de 10%, consolidando-se como motor do setor dentro do emplacamento de veículos. Em sentido contrário, o emplacamento de caminhões deve recuar 7%, pressionado pelos juros altos que encarecem o crédito. Já os carros leves e utilitários devem crescer 5%, e o emplacamento de ônibus tende a avançar 6%.
O destaque fica por conta dos híbridos, cujo emplacamento de veículos saltou 85% em agosto frente a 2024 e acumula avanço de 74,9% no ano, somando 120 mil unidades previstas. Os veículos elétricos também avançam e devem alcançar 45 mil emplacamentos em 2025, crescimento de 10,1% sobre o ano anterior.
Agronegócio impulsiona o emplacamento de transportes agrícolas
Enquanto caminhões recuam, o emplacamento de colheitadeiras cresceu 19,2% e o de tratores 14,7% até agosto em relação a 2024. A maior demanda se concentra no Centro-Oeste, apoiada por recursos do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar).
Portanto, com motos em alta, híbridos em expansão e máquinas agrícolas puxando parte da demanda, o emplacamento de veículos consolida 2025 como ano de retomada. A continuidade desse movimento dependerá da política de crédito e da resiliência do agronegócio nos próximos meses.
