O e-commerce de alimentos no Brasil vem se consolidando como uma das vertentes mais dinâmicas do comércio eletrônico. De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o setor de alimentos e bebidas movimentou R$ 16 bilhões em 2024, alta de 18,4% em relação a 2023. O número de pedidos cresceu 82,8%, evidenciando que o consumidor já incorporou a compra de produtos gourmet à rotina digital.
Expansão das marcas no e-commerce de alimentos premium
Nesse contexto, empresas de nicho reforçam sua presença. A Temperatta anunciou entrada no Mercado Livre com kits de sais de parrilla e molhos artesanais, ampliando o alcance nacional. Outras marcas, como Caverupa, Dubola e Maria Pimentas, também utilizam canais digitais próprios para atender clientes que buscam exclusividade. Grandes redes, como o Angeloni, investem em sortimentos diferenciados, mostrando que o e-commerce de alimentos no Brasil deixou de ser apenas um nicho e se tornou parte da cesta de compras do consumidor.
Desafios logísticos e concorrência
O crescimento do e-commerce de alimentos traz obstáculos importantes. Produtos perecíveis exigem logística rápida e custos controlados, o que desafia a operação de muitas empresas. Além disso, 84% das vendas digitais estão concentradas em marketplaces, impondo a necessidade de diferenciação para não depender exclusivamente dessas plataformas. Investimentos em Inteligência Artificial, personalização de ofertas e integração omnichannel surgem como ferramentas indispensáveis para manter competitividade e rentabilidade.
O futuro do e-commerce de alimentos
A ABComm projeta expansão anual de até 15% em 2025, impulsionada pelo avanço do consumo digital em todas as regiões, especialmente no Nordeste. A Temperatta vê nesse cenário uma oportunidade estratégica para se aproximar de novos públicos.
“Estamos ampliando nossa presença digital para estar cada vez mais próximos dos consumidores, oferecendo conveniência e qualidade em uma vitrine de alcance nacional”, afirma o CEO, Fernando Seabra Jr.
Com conveniência, variedade e apelo gourmet, o e-commerce de alimentos no Brasil deve seguir em trajetória de alta, transformando a forma como brasileiros consomem produtos diferenciados no ambiente digital.