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Soberania digital no Brasil em pauta diante das big techs no setor militar dos EUA

A soberania digital no Brasil está em destaque, especialmente após o lançamento da Nuvem de Governo. Com mais de 250 órgãos federais já utilizando o sistema, a independência tecnológica do país se torna uma questão crucial. No entanto, a pressão das big techs, como Meta e OpenAI, e a recente criação do Detachment 201 pelo Exército dos EUA, evidenciam a necessidade de uma infraestrutura própria. Especialistas alertam que a dependência de tecnologia estrangeira pode criar vulnerabilidades críticas. Descubra como o Brasil pode transformar sua soberania digital em um ativo de desenvolvimento e inovação.
Soberania digital no Brasil com data centers e proteção de dados estratégicos
Soberania digital no Brasil: data centers nacionais e proteção de dados estratégicos. (Imagem: Ilustrativa)

A soberania digital no Brasil ganhou força depois do lançamento da Nuvem de Governo em 07 de setembro. O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) coordena o projeto, com operação a cargo de Serpro e Dataprev. Mais de 250 órgãos federais já têm acesso ao sistema, que utiliza data centers instalados em território nacional. Para analistas, é um avanço importante, mas a independência plena ainda depende da redução do uso de fornecedores internacionais.

Pressão das big techs e a soberania digital no Brasil

O tema ficou ainda mais visível após a decisão do Exército dos Estados Unidos de criar o Detachment 201, que incluiu executivos da Meta, OpenAI e Palantir em funções da reserva militar. Essa medida mostra como tecnologia e Defesa estão cada vez mais integradas.

Para facilitar a leitura, veja três exemplos concretos:

  • Project Maven: usa inteligência artificial para operações militares e foi ampliado em 2024 com a Palantir.
  • Project Nimbus: contrato bilionário firmado por Google e Amazon com Israel, que gerou protestos internos.
  • Sistema Lavender: revelado em Gaza, foi usado para selecionar alvos com base em dados digitais.

Esse cenário internacional reforça a pressão sobre países que, como o Brasil, ainda dependem de tecnologia submetida a legislações estrangeiras.

Infraestrutura nacional e vulnerabilidades

Em entrevista à Agência Brasil, Sérgio Amadeu, professor da Universidade Federal do ABC, afirmou que “as big techs são máquinas geopolíticas” e ressaltou que a tecnologia integra o poder global. Para ele, dados de áreas como saúde e educação não podem permanecer sob controle de plataformas internacionais, sob risco de criar vulnerabilidades críticas. Nesse sentido, a soberania digital no Brasil depende de infraestrutura própria, criptografia avançada e data centers públicos sob gestão estatal.

Perspectivas para os próximos cinco anos

Analistas projetam três caminhos possíveis para a soberania digital:

  • Modelo híbrido: ganhos parciais, mas ainda sujeito a pressões internacionais.
  • Estagnação: risco de paralisação de serviços públicos e fragilidade em bancos de dados estratégicos.
  • Investimento robusto: criação de ecossistema nacional com semicondutores, auditoria de algoritmos e segurança cibernética, estimulando inovação e reduzindo riscos externos.

O futuro da soberania digital no Brasil

A soberania digital no Brasil já não é apenas questão técnica. É parte da estratégia de Estado. Se o país acelerar investimentos em infraestrutura própria, poderá transformar dados públicos em ativo de desenvolvimento e inovação. Mas, sem isso, ficará vulnerável às big techs e perderá margem de decisão sobre o seu próprio futuro digital.

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