O Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex), ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, aprovou na terça-feira (23/09) a redução tarifária de importação. A decisão atinge 15 produtos sem fabricação nacional e apontados como essenciais para cadeias produtivas. Segundo o comitê, a medida fortalece a competitividade da indústria brasileira.
Redução tarifária de importação: itens contemplados
Entre os produtos beneficiados pela redução tarifária de importação, destacam-se:
- Baterias de íons de lítio: taxa caiu de 18% para zero.
- Sistemas automáticos de ressuscitação por compressões torácicas: de 12,6% para zero.
- Conectores elétricos para placas de circuito impresso: de 16% para zero.
- Tubos de aço cromo-molibdênio: de 14,4% para zero.
Conforme publicado pela Agência Brasil, essas importações devem reduzir custos para setores de tecnologia, saúde e metalurgia, além de abrir espaço para maior integração das cadeias industriais no Brasil.
Defesa comercial renovada por 1 ano
Na mesma reunião, o Gecex prorrogou por 12 meses medidas de defesa à indústria nacional diante do aumento das importações. A redução tarifária de importação não alcançou setores importantes, que seguem protegidos. Foram mantidos os aumentos de imposto para 30 tipos de produtos químicos, dois de papel cartão e um de pneus de automóveis.
O comitê também renovou barreiras contra laminados planos de baixo carbono originários da China e da Coreia do Sul, contra aço inoxidável da China e de Taipé Chinês e contra alho fresco da China. Nesse último caso, ficaram de fora os fornecedores que se comprometeram a praticar preços que não prejudiquem a concorrência.
Impactos da redução tarifária de importação na indústria
O equilíbrio entre abertura e proteção mostra o duplo objetivo da política comercial. De um lado, barateia insumos críticos para setores em crescimento. De outro, resguarda segmentos vulneráveis ao excesso de importados. Para empresas brasileiras, a redução tarifária de importação pode aliviar custos e estimular investimentos. Já a defesa comercial preserva empregos e margens em áreas como siderurgia, químicos e alimentos.
As medidas, válidas até 2026, devem reforçar a competitividade da indústria nacional. O cenário global segue instável, marcado por disputas comerciais e oscilações nos preços de insumos.