O Brasil aparece no ranking dos passaportes mais poderosos em 2025 na 16ª posição, segundo levantamento da Henley Passport Index. O documento brasileiro agora garante entrada sem visto prévio em 170 países, um avanço em relação ao início do ano, quando eram 169. A melhora reflete, sobretudo, a recente decisão da China de liberar vistos para mais de uma dezena de nações, incluindo o Brasil.
Passaportes mais poderosos 2025 e a posição do Brasil
No cenário latino-americano, o Brasil está atrás apenas do Chile no ranking dos passaportes mais poderosos, enquanto a Argentina divide a mesma colocação. Os argentinos dividem com os brasileiros e com San Marino a 16ª colocação, também com 170 destinos. Essa proximidade regional mostra que, apesar da competitividade internacional ser dominada por países asiáticos e europeus, a América do Sul tem conseguido avanços consistentes em mobilidade global.
Para a consultoria Henley & Partners, responsável pela elaboração do índice, a liberação chinesa representa um passo importante de abertura, ampliando oportunidades de negócios, turismo e intercâmbio acadêmico. A medida entrou em vigor em 01/06/2025 e se soma a acordos já existentes no Mercosul, que permitem circulação facilitada entre vizinhos como Argentina, Chile, Peru e Uruguai.
Confira no vídeo mais informações sobre a posição do passaporte brasileiro em 2025.
Top 5 e últimos do ranking
O levantamento, baseado em dados da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), avaliou 199 passaportes e 227 destinos. A lista de 2025 manteve a liderança asiática e europeia no topo.
Top 5 passaportes mais poderosos 2025:
- 1º — Singapura: 193 países
- 2º — Japão e Coreia do Sul: 190 países
- 3º — Alemanha, França, Itália, Espanha, Dinamarca, Finlândia e Irlanda: 189 países
- 4º — Áustria, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Noruega, Portugal e Suécia: 188 países
- 5º — Grécia, Nova Zelândia e Suíça: 187 países
Últimos colocados:
- 96º — Somália, Paquistão e Iêmen: 32 países
- 97º — Iraque: 30 países
- 98º — Síria: 27 países
- 99º — Afeganistão: 25 países
A diferença entre o passaporte de Singapura e o do Afeganistão chega a 168 destinos, evidenciando a disparidade global na liberdade de circulação.
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Contexto global e histórico do índice dos passaporte mais poderosos
Criado em 2006, o Henley Passport Index tornou-se referência mundial ao medir o poder de um passaporte pela quantidade de destinos acessíveis sem visto. A metodologia combina dados oficiais da IATA e acompanhamento contínuo de alterações em políticas migratórias. Com isso, o ranking é usado não apenas por governos e acadêmicos, mas também por investidores e empresas que avaliam oportunidades de mobilidade internacional.
Em 2025, a predominância dos países asiáticos e europeus no topo reforça a importância de tratados multilaterais e de estratégias diplomáticas ativas. A Ásia lidera com Singapura, Japão e Coreia do Sul, enquanto a União Europeia emplaca mais de dez países entre os dez primeiros colocados.
Desafios e oportunidades para o Brasil
Apesar do avanço, especialistas apontam que o Brasil entre os passaportes mais poderosos ainda pode ampliar sua rede de acordos bilaterais. A entrada sem visto em 170 países é relevante, mas o contraste com o Chile, seis posições acima e com seis destinos a mais, mostra espaço para progressos adicionais. O fortalecimento de relações com a União Europeia, a ampliação de parcerias no Oriente Médio e a manutenção da abertura chinesa são fatores que podem impulsionar novos ganhos.
Além do avanço no ranking dos passaportes mais poderosos em 2025, o documento brasileiro deve ter o valor majorado após dez anos sem reajuste. A taxa de emissão passará a custar R$ 408,81, segundo proposta apresentada pela Polícia Federal.
Desigualdades de acesso
O contraste entre os passaportes mais poderosos em 2025 e os últimos colocados também destaca desigualdades na mobilidade internacional. Enquanto europeus e asiáticos usufruem de ampla liberdade de circulação, cidadãos de países em crise, como Afeganistão e Síria, enfrentam severas restrições. Para o Brasil, o avanço sinaliza credibilidade internacional, mas também reforça a necessidade de atuação diplomática contínua para assegurar mais portas abertas.