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Isenção do IR 2026 em debate: Câmara vota projeto com impasses sobre compensações

A Câmara dos Deputados vota nesta quarta-feira (1) o projeto que amplia a isenção do IR 2026. A proposta recebeu 50 sugestões de mudança e divide Senado, governo e setores econômicos. Além da faixa de isenção, o texto inclui novas regras de tributação para altas rendas, bancos e lucros remetidos ao exterior, elevando a disputa sobre como compensar a renúncia fiscal estimada em R$ 30 bilhões.
Votação da isenção do IR 2026 na Câmara dos Deputados
A Câmara dos Deputados vota nesta quarta-feira (1/10) o projeto que amplia a isenção do IR 2026 e redefine compensações fiscais. Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados / Agência Câmara de Notícias

A votação desta quarta-feira (01/10), na Câmara dos Deputados, pode alterar diretamente a vida de milhões de brasileiros. O projeto prevê Isenção do IR (imposto de renda) em 2026 para pessoas com renda até R$ 5 mil mensais, além de uma faixa de transição até R$ 7,350. Estimativas indicam que entre 10 e 16 milhões de pessoas físicas seriam beneficiadas enquanto o custo é de R$ 25 a R$ 30 bilhões por ano em renúncia fiscal.

Para altas rendas, em resumo, está prevista alíquota mínima de 10% sobre ganhos superiores a R$ 1,2 milhão ao ano. Portanto, esses números ilustram o alcance do projeto, mas também explicam a pressão por medidas de compensação capazes de preservar a arrecadação.

O que mais está em jogo no projeto do IR

O texto em votação vai além da faixa de isenção do IR 2026. Entre as 50 sugestões de emendas, destacam-se a tributação de “lucros e dividendos remetidos ao exterior acima de R$ 50 mil mensais; a elevação temporária da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para bancos com ganhos acima de R$ 1 bilhão; além de regras específicas para fundos exclusivos e rendas de aplicações financeiras”.

Essas propostas também buscam equilibrar o impacto fiscal, mas encontram resistências tanto no setor privado quanto entre parlamentares que temem retração em investimentos.

Disputa política entre Câmara e Senado

O avanço da proposta expôs uma queda de braço entre Câmara Federal e Senado Federal. Com isso, a Câmara corre para aprovar ainda hoje o texto do relator. Neste meio tempo, o Senado sinaliza ajustes e já apresentou alternativa própria, com foco em proteger transferências para estados e municípios.

O Planalto tenta evitar atritos, mas a pressão cresce porque a medida precisa ser validada até dezembro para vigorar em 2026, ano eleitoral.

Compensações e efeitos econômicos da isenção do IR 2026

A controvérsia central segue nas formas de compensação da renúncia fiscal. Propostas incluem taxação adicional sobre bancos, incidência sobre rendas elevadas e ajustes em incentivos setoriais. O governo argumenta que a redistribuição pode reduzir desigualdades, mas especialistas alertam para riscos de desequilíbrio fiscal em plena discussão orçamentária.

Nesse contexto, a votação desta quarta-feira (01/10) será determinante para medir a capacidade de articulação política em torno da isenção do IR 2026 e pode sinalizar como o Congresso pretende conduzir a agenda tributária em um ano decisivo para a economia.

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