A venda da McLaren Racing por US$ 4,1 bilhões (R$ 21,8 bilhões) consolidou o controle da equipe de Fórmula 1 pelos fundos Bahrein Mumtalakat e CYVN Holdings, ligados aos governos do Bahrein e de Abu Dhabi. A transação, concluída nesta semana, envolveu a compra dos 30% restantes que estavam em posse de investidores liderados pela MSP Sports Capital. Desse modo, os árabes passaram a deter 100% da equipe.
Esse desfecho representa uma mudança histórica para a equipe. Uma das marcas mais tradicionais do automobilismo britânico agora está sob domínio integral de capitais do Oriente Médio. Além disso, o acordo reforça a estratégia de diversificação dos fundos soberanos árabes, que ampliam presença em esportes de alto valor agregado com foco em entretenimento global e ativos históricos.
Venda da McLaren Racing e valorização da F1
Segundo a Bloomberg, a avaliação bilionária reflete a ascensão da McLaren no cenário esportivo. Sob a gestão de Zak Brown, a equipe recuperou protagonismo. Em 2024 conquistou o campeonato mundial de construtores da Fórmula 1. Neste ano, segue na disputa pelo título, o que amplia a atratividade da marca para patrocinadores e investidores.
Para Brown, o momento confirma a força da F1 como negócio. Em entrevista à F1 TV, destacou que “o esporte está pegando fogo em todas as métricas, com milhões de novos fãs e patrocínios recordes”.
Impactos estratégicos da venda da McLaren Racing
Além da valorização, o controle árabe abre espaço para investimentos em inovação tecnológica e expansão comercial. A equipe deve reforçar parcerias em mercados emergentes e explorar oportunidades ligadas à eletrificação, além de tecnologias sustentáveis no automobilismo. Dessa forma, fortalece também patrocínios globais em setores como energia, telecomunicações e serviços financeiros.
Especialistas ressaltam que o domínio integral dos fundos árabes sobre a McLaren Racing aumenta o fôlego financeiro da equipe. No entanto, a competição contra Ferrari, Mercedes e Red Bull exige recursos cada vez maiores em engenharia e marketing.
Expansão global do capital árabe no esporte
A venda da McLaren Racing faz parte de um processo mais amplo de internacionalização do capital árabe no esporte. Do futebol europeu à Fórmula 1, investidores do Oriente Médio ampliam presença em ativos de prestígio mundial. Por isso, no caso da McLaren, o acordo consolida a marca como um dos ativos mais valiosos da categoria. Dessa forma, reforça a transformação da F1 em um negócio cada vez mais globalizado e competitivo.