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Mercado de terras agrícolas: BrasilAgro cresce com ativos de produtores endividados

O mercado de terras agrícolas no Brasil está passando por um momento crítico, com um aumento alarmante nas recuperações judiciais e uma queda na liquidez dos ativos. Em meio a essa crise, a BrasilAgro, sob a liderança de André Guillaumon, vê uma oportunidade única para aquisições estratégicas. Com um crescimento de 138% nos pedidos de recuperação judicial, a empresa se posiciona para capturar ativos de produtores endividados, mantendo uma filosofia de disciplina financeira. Descubra como a BrasilAgro planeja navegar por esse cenário desafiador e quais são suas estratégias para o futuro.

O mercado de terras agrícolas no Brasil entrou em 2025 sob forte tensão, marcado pela alta das recuperações judiciais no agronegócio e pela queda da liquidez dos ativos. Nesse cenário, a BrasilAgro, liderada por André Guillaumon, aproveita a crise de produtores para avaliar aquisições estratégicas. As declarações foram feitas pelo executivo durante o BrasilAgro Day, em evento para investidores, segundo reportagem do Valor Econômico.

Nos três primeiros meses do ano, os pedidos de recuperação judicial no campo cresceram 138%, representando 45% do total nacional. Esse aumento evidencia o impacto da crise de crédito sobre produtores e abre espaço para grandes companhias que buscam ativos descontados. Para Guillaumon, esse é o ambiente mais favorável das últimas duas décadas para compra de terras.

Mercado de terras agrícolas no Brasil e as oportunidades

Em 2024, a BrasilAgro analisou diversas propostas de aquisição de terras, mas apenas parte delas atendeu aos critérios estratégicos da companhia:

  • 369 ofertas de ativos recebidas no total.
  • 237 descartadas por problemas de topografia, solo ou regime de chuvas.
  • 116 propostas restantes concentradas em regiões estratégicas, como Mato Grosso e Amazônia.

“Este ano não saiu nenhum negócio, mas uma hora a gente acerta”, afirmou Guillaumon, reforçando a postura seletiva da companhia em ciclos desafiadores.

A soja, principal commodity do setor, chegou a ser negociada a US$ 11,75 por bushel na Bolsa de Chicago, mas logo recuou. A volatilidade cambial e as adversidades climáticas pesaram sobre a rentabilidade. Ainda assim, a diversificação geográfica permitiu à BrasilAgro manter resultados positivos, especialmente com expansão de culturas irrigadas no Oeste da Bahia.

Estratégias no mercado de terras agrícolas

A empresa mantém metade de suas terras arrendadas e segue filosofia de disciplina financeira. A estratégia é clara: comprar quando há excesso de oferta e vender quando os preços voltam a subir.

O CEO resumiu: “Compramos quando todos querem vender e vendemos quando os outros querem comprar”.

Expansão seletiva em 2025

O mercado de terras agrícolas no Brasil deve continuar pressionado pelo câmbio e pelo crédito rural. A BrasilAgro aposta em disciplina e diversificação para capturar ativos de produtores endividados, mantendo seu modelo anticíclico. A tendência é que os grandes grupos consolidem espaço, enquanto pequenos e médios agricultores enfrentam dificuldades financeiras crescentes.

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