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Investimentos em renda fixa no Brasil avançam 20% e chegam a 100,2 mi de CPFs

Os investimentos em renda fixa no Brasil subiram 20% no segundo trimestre de 2025, alcançando 100,2 milhões de CPFs. Com a Selic em 15% ao ano, os títulos públicos se tornaram mais vantajosos que as opções tradicionais, atraindo novos investidores. A digitalização dos canais de aplicação e a possibilidade de investir em frações de papéis ampliaram o acesso ao Tesouro Direto, que já conta com 3 milhões de investidores. Nesse contexto, a combinação de previsibilidade e segurança faz da renda fixa uma escolha cada vez mais atraente para os poupadores. Veja como essa tendência pode afetar seu planejamento financeiro!
Investimentos em renda fixa no Brasil com foco em cálculos e planejamento financeiro
Investimentos em renda fixa no Brasil: previsibilidade e atratividade em cenário de juros elevados. (Imagem: Pexels)

Os investimentos em renda fixa no Brasil cresceram 20% no segundo trimestre de 2025 frente ao mesmo período do ano anterior, somando 100,2 milhões de CPFs, segundo dados da B3. Dentro desse cenário, o Tesouro Direto alcançou 3 milhões de investidores, alta de 14% em doze meses.

Esse avanço tem explicação: a Selic em 15% ao ano tornou os títulos públicos mais rentáveis que opções tradicionais como poupança e CDBs. Ao mesmo tempo, a digitalização dos canais de aplicação e a possibilidade de investir em frações de papéis abriram espaço para pequenos poupadores, ampliando o alcance do Tesouro Direto, criado em 2002 para aproximar as pessoas físicas do mercado.

Tesouro Direto impulsiona os investimentos em renda fixa no Brasil


Para o especialista em finanças Pedro Brandão, o acesso mais simples fez diferença. “O investidor pode adquirir um percentual do título, sem precisar comprar a unidade inteira. Isso traz acessibilidade maior do que outras opções”, explica. A combinação de previsibilidade e segurança tem levado novos investidores para os investimentos em renda fixa no Brasil.

Cada modalidade atende a um objetivo específico. O Tesouro Selic é usado como reserva de emergência por garantir liquidez imediata. Os prefixados oferecem retorno previsível, mas sofrem quando a Selic sobe. Já o Tesouro IPCA+ protege contra a inflação no longo prazo, embora possa gerar perdas se o resgate ocorrer antes do vencimento.

Juros altos refletem incertezas das contas públicas

Mesmo em ambiente mais estável, os juros reais permanecem altos. Um dado histórico ilustra: apenas três dos 20 títulos IPCA+ ofertados na última década superaram retorno de 7% na maior parte do tempo.

“Juros acima de 7% só apareceram em períodos de forte stress. Hoje vivemos cenário mais calmo, mas a dinâmica fiscal ruim pressiona taxas reais elevadas”, avalia Brandão.

Esse contexto mantém a renda fixa competitiva frente a ativos de maior risco.

Expansão e desafios futuros da renda fixa no Brasil

A tendência é que os investimentos em renda fixa no Brasil mantenham relevância ao longo de 2025, sustentados por juros elevados e pela busca de previsibilidade entre pessoas físicas. Para Brandão, a definição clara de objetivos segue como passo essencial para orientar a escolha do título mais adequado.

“Títulos mais longos podem render mais, mas trazem maior oscilação de preço”, afirma.

O ambiente fiscal, porém, continua sendo um fator determinante. Enquanto não houver avanços concretos no ajuste das contas públicas, o prêmio real pago ao investidor tende a permanecer elevado, reforçando o apelo da renda fixa em relação a ativos de risco. Analistas destacam que essa dinâmica pode ampliar o peso da renda fixa nas carteiras, consolidando o Tesouro Direto como eixo do planejamento financeiro no país.

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