O mercado de galpões logísticos vive uma nova fase de expansão impulsionada pelo Pix Parcelado e pela ampliação do crédito digital. De acordo com o Banco Central, o sistema de pagamentos instantâneos já movimentou R$ 165 bilhões em um único dia, com 290 milhões de transações, uma marca que demonstra o alcance e a consolidação da ferramenta.
A nova modalidade de pagamento, prevista para este semestre, deve ampliar o acesso ao crédito de 60 milhões de brasileiros sem cartão. Esse avanço tende a impulsionar compras de maior valor no varejo digital, com juros mais transparentes e custos operacionais menores para lojistas e consumidores. O efeito se estende ao mercado de galpões logísticos, que precisa ampliar sua capacidade para atender à nova demanda.
Mercado de galpões logísticos e a expansão do e-commerce
O e-commerce deve movimentar R$ 234 bilhões em 2025, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). Esse crescimento pressiona o mercado de galpões logísticos, que precisa expandir sua capacidade de armazenagem e distribuição para acompanhar a demanda crescente das vendas on-line e o ritmo do crédito digital.
Renato Monteiro, CEO da Sort Investimentos, observa que o avanço do Pix Parcelado tem efeito direto sobre a infraestrutura do varejo digital.
“Com o lojista recebendo o valor integral na hora e o consumidor pagando em parcelas ao banco, há mais previsibilidade de caixa e maior conversão nas vendas”, explica. Essa dinâmica estimula o giro de estoques e fortalece o mercado de galpões logísticos, que precisa responder com operações mais ágeis e tecnológicas.
Infraestrutura e crédito moldam o setor de galpões
A integração entre crédito digital, consumo on-line e infraestrutura física reposiciona o mercado de galpões logísticos no centro da economia real. Fundos imobiliários especializados ampliam investimentos em regiões próximas a rodovias e portos, de olho em contratos longos e alta rentabilidade.
Analistas avaliam que a padronização do Pix Parcelado pelo Banco Central deve acelerar a digitalização do consumo e atrair mais capital para ativos logísticos. O novo ciclo combina tecnologia financeira e eficiência operacional, em que cada clique de compra digital exige novos metros quadrados de produtividade, consolidando o papel estratégico do mercado de galpões logísticos na economia brasileira.