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Banco Pine vê IPCA de setembro como sinal de desinflação consistente

O Banco Pine divulgou um relatório sobre o IPCA de setembro, destacando uma desinflação na inflação brasileira. Com uma alta de 0,48%, abaixo do esperado, o documento demonstra controle dos núcleos e a influência da política monetária. A análise do ambiente fiscal e as projeções futuras mostram um cenário promissor. Veja como esses fatores se relacionam e o que significam para a economia do Brasil.
Banco Pine analisa IPCA de setembro e reforça tendência de desinflação no Brasil
Banco Pine: relatório sobre o IPCA de setembro indica desinflação gradual e estabilidade dos núcleos de inflação no país. (Imagem Divulgação)

O Banco Pine divulgou nesta quinta-feira (09/10) um relatório detalhado sobre o IPCA de setembro de 2025, reforçando que a inflação brasileira mantém trajetória de desaceleração. O documento descreve o resultado como controlado, sustentado pela queda dos serviços e alimentos, mesmo com o impacto pontual da energia elétrica.

O IPCA de setembro registrou alta de 0,48%, abaixo da mediana das projeções (+0,52%), e confirmou o avanço do processo de desinflação gradual iniciado no segundo trimestre. Segundo o Banco Pine, a composição do índice revela controle dos núcleos e eficácia da política monetária no combate à inflação.

IPCA de setembro e estrutura da inflação

No acumulado de 12 meses, o IPCA de setembro atingiu 5,17%, com preços livres em 5,21% e administrados em 5,11%. A média das medidas de núcleo avançou 0,19%, enquanto o EX3, que combina serviços e bens industriais, desacelerou de 0,41% para 0,06%.

O relatório do Banco Pine aponta uma desaceleração ampla e difusa. Veja os principais números:

  • Serviços: +0,13% (ante +0,39% em agosto)
  • Serviços subjacentes: +0,03% no mês, +6,76% em 12 meses
  • Difusão: queda de 64,6% para 55,5%
  • Habitação: +2,97%, pressionada pela energia elétrica (+10,31%)
  • Alimentação e bebidas: -0,46%, com reduções em tomate (-11,5%), cebola (-10,2%) e batata (-8,6%)

“A dinâmica recente da média das medidas de núcleo sinaliza continuidade do atual processo de desinflação”, avaliou o Banco Pine.

A instituição ressalta que o câmbio valorizado e a Selic elevada ajudaram a conter reajustes em segmentos sensíveis. O desempenho reforça que o IPCA de setembro mostra uma inflação em ritmo de desaceleração sustentável.

O que é o IPCA e quem calcula

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o indicador oficial da inflação no Brasil. Ele mede a variação média dos preços de bens e serviços consumidos pelas famílias com renda de até 40 salários mínimos mensais.

O cálculo é feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que coleta dados de 13 regiões metropolitanas e de capitais, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Fortaleza.

Esse índice é usado pelo Banco Central como principal referência para definir a política monetária, especialmente a taxa Selic, que influencia o crédito, o consumo e o ritmo da economia

Cenário fiscal

O relatório do Banco Pine também destacou o ambiente fiscal após a retirada da Medida Provisória 1303/25, que previa tributação sobre aplicações financeiras e apostas esportivas.

A decisão da Câmara, aprovada com 251 votos favoráveis e 193 contrários, representa perda estimada de R$ 20,9 bilhões em arrecadação para 2026.

A instituição alerta que a Fazenda precisará adotar medidas compensatórias para evitar pressão sobre as contas públicas e preservar o ambiente de desinflação apontado pelo IPCA de setembro. Segundo o Pine, a credibilidade fiscal será determinante para consolidar o cenário de inflação em queda.

IPCA de setembro e projeções do Banco Pine

O Banco Pine manteve suas projeções de IPCA em 4,7% para 2025 e 3,8% para 2026, apostando em continuidade do processo de desinflação gradual. A leitura do IPCA de setembro reforça a perspectiva de estabilidade monetária, desde que a política fiscal não comprometa a ancoragem das expectativas.

A análise indica que o Brasil entrou em fase de desinflação sustentável, marcada por menor difusão de preços e controle dos núcleos. Para o banco, o IPCA de setembro representa um marco técnico importante no ciclo de estabilização da inflação.

Desinflação gradual e próximos passos

O Banco Pine avalia que o IPCA de setembro confirma o controle técnico da inflação, mas reforça que a consolidação desse cenário depende da coordenação entre governo e Banco Central. A instituição vê espaço para manutenção da Selic, desde que o arcabouço fiscal seja preservado.

O IPCA de setembro de 2025 reforça a leitura de que o país segue em trajetória de inflação sob controle, com menor disseminação de aumentos de preços. A continuidade desse equilíbrio dependerá do compromisso fiscal e da eficiência das políticas econômicas.

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