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Dow Jones despenca 700 pontos após novas declarações de Trump sobre a China

O índice Dow Jones caiu 700 pontos nesta sexta-feira (10/10) após declarações do presidente Donald Trump sobre a China, reacendendo o temor de uma nova guerra comercial. O tom duro do discurso, com ameaças de novas tarifas, levou investidores a abandonar ações e buscar ativos seguros, como ouro e títulos do Tesouro americano. Analistas afirmam que a queda do Dow Jones reflete a instabilidade gerada pelas tensões entre EUA e China, que podem afetar o comércio global e desacelerar o crescimento econômico.
Queda do Dow Jones é impulsionada por novas tensões entre Donald Trump e Xi Jinping sobre tarifas comerciais entre EUA e China.
Declarações de Trump sobre a China reacendem temores de guerra comercial e provocam forte queda do Dow Jones. (Imagem: AP)

A queda do Dow Jones surpreendeu o mercado nesta sexta-feira (10/10), após o índice despencar 700 pontos e encerrar o dia com recuo de 1,8%. O movimento reflete a crescente tensão entre Estados Unidos e China, reacendida pelas novas declarações do presidente Donald Trump, que ameaçou impor tarifas adicionais sobre produtos chineses.

O Dow Jones, principal termômetro da bolsa de Nova York e composto por 30 das maiores empresas americanas, registrou o pior desempenho em dois meses. A queda ocorreu principalmente porque o discurso de Trump reacendeu o temor de uma nova guerra tarifária. Por isso, investidores buscam migrar para ativos de menor risco, como ouro e títulos do Tesouro americano.

Mercado global reage à queda do Dow Jones

Em pronunciamento na Casa Branca, Trump acusou Pequim de “manipular sua moeda e distorcer o comércio global”. O presidente reforçou que os EUA “não hesitarão em usar tarifas para proteger a indústria nacional”. As declarações foram suficientes para provocar forte aversão ao risco e intensificar a queda do Dow Jones. O que arrastou também os índices S&P 500 e Nasdaq.

Mesmo assim, o dólar se valorizou diante das principais moedas, refletindo a busca por segurança. Analistas ouvidos pela CNN americana afirmaram que os investidores temem uma nova escalada tarifária, capaz de afetar o comércio bilateral e desestabilizar as cadeias globais de suprimento.

Guerra tarifária entre EUA e China volta ao centro das atenções

A queda do Dow Jones é o desdobramento mais recente de uma crise que se arrasta desde o início de 2025. No seu segundo mandato, Trump adotou uma política comercial mais agressiva contra a China, impondo tarifas sobre produtos de tecnologia e aço em fevereiro. Porém, Pequim respondeu com retaliações imediatas, limitando importações e encarecendo componentes industriais.

Em abril, os EUA ampliaram as tarifas para o setor agrícola, e a China reagiu restringindo a compra de soja e peças eletrônicas. Embora houvesse expectativa de uma trégua em agosto, novas acusações de espionagem tecnológica voltaram a travar as negociações.

Incerteza econômica e impacto da queda do Dow Jones

Economistas apontam que a queda do Dow Jones simboliza o impacto direto da política externa americana sobre o mercado financeiro. Por exemplo, a volatilidade aumentou e o cenário global se tornou mais incerto, segundo relatório da Goldman Sachs, que estima perda de até 0,4 ponto percentual no PIB dos EUA caso o impasse comercial se prolongue.

A guerra tarifária de 2025 reacende memórias do conflito de 2018 e reforça como as declarações políticas continuam a ditar o rumo das bolsas mundiais. Em conclusão, o mercado agora está em alerta diante da instabilidade gerada pela Casa Branca.

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