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IFI alerta para alta da dívida pública em 2026 e pede novo pacto fiscal entre União e Estados

A Instituição Fiscal Independente (IFI) projetou que a dívida pública em 2026 chegará a 82,4% do PIB, o maior patamar desde a pandemia. O órgão alerta para o risco de esgotamento fiscal e pede um novo pacto entre União, Estados e municípios. Segundo a IFI, o aumento das despesas obrigatórias e das renúncias fiscais reduz o espaço para investimentos e ameaça a sustentabilidade das contas públicas. Especialistas destacam que, embora a dívida pública seja essencial para financiar o Estado, seu crescimento excessivo pressiona os juros e enfraquece o crescimento econômico.
Projeções da IFI mostram aumento da dívida pública em 2026 e reforçam o alerta para o equilíbrio fiscal no Brasil.
Projeções da IFI indicam que a dívida pública em 2026 pode atingir 82,4% do PIB, elevando o desafio fiscal do país. (Imagem: Getty Images)

A Instituição Fiscal Independente (IFI) divulgou nesta sexta-feira (10/10) novas projeções sobre a dívida pública em 2026, apontando um cenário de alerta para as contas do governo. Segundo o órgão, a dívida bruta da União deve encerrar 2025 em 77,6% do Produto Interno Bruto (PIB) e alcançar 82,4% em 2026, o maior nível desde a pandemia. A IFI já havia relatado preocupação com a trajetória da dívida pública em meados deste ano.

Além disso, o relatório prevê deterioração fiscal e pede um novo pacto federativo entre União, Estados e municípios para restaurar a confiança na política econômica.

IFI alerta para desequilíbrio nas contas públicas

De acordo com o documento, o avanço da dívida pública em 2026 está relacionado ao aumento das despesas obrigatórias e à queda na arrecadação. A IFI afirma que o crescimento das renúncias fiscais e a rigidez orçamentária reduzem o espaço para investimento e dificultam o equilíbrio das contas.

Há uma deterioração estrutural das finanças públicas, que exige coordenação entre os entes federativos”, disse o diretor-executivo da instituição, Daniel Couri. O órgão calcula ainda que o déficit primário do governo central pode superar 0,7% do PIB em 2025, ampliando a pressão sobre as contas públicas e sobre a dívida pública em 2026.

Como a dívida pública influencia a economia

A dívida pública tem papel fundamental na economia. Ela permite que o governo capte recursos para financiar obras, programas sociais e políticas de crédito. Por isso, em períodos de desaceleração, o endividamento pode ser um instrumento de estímulo ao crescimento, garantindo liquidez ao mercado e segurança ao sistema financeiro.

Os títulos públicos também servem de base para as taxas de juros do país, afetando o custo do crédito e o nível de investimento privado. Portanto, com o aumento esperado da dívida pública em 2026, todos esses aspectos podem ser afetados.

Riscos e desafios para conter a dívida pública em 2026

Especialistas alertam que o crescimento da dívida pública em 2026 pode reduzir a capacidade de investimento do Estado e elevar o custo dos financiamentos. Por isso, quanto maior o endividamento, maior tende a ser a desconfiança dos investidores, o que encarece a rolagem da dívida e pressiona os juros.

Para a IFI, conter o avanço da dívida pública em 2026 exige um novo pacto fiscal, com controle de gastos, revisão de benefícios tributários e metas realistas de resultado primário. O órgão reforça que, sem coordenação entre governo federal e entes subnacionais, o país poderá enfrentar mais dificuldades para estabilizar sua dívida pública e manter o crescimento econômico.

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