“Colapso do mercado financeiro” foi o termo utilizado pelo Conselho de Estabilidade Financeira (FSB) para alertar o G20 sobre o risco crescente de uma correção global. Em carta enviada antes da reunião do grupo, que deve ocorrer nos dias 15 e 16 de outubro de 2025, o presidente Andrew Bailey afirmou que a falta de execução das reformas acordadas enfraquece o sistema e o torna vulnerável a novos choques.
O FSB reúne bancos centrais e reguladores das principais economias e coordena normas para garantir a estabilidade financeira internacional. Por sua vez, o G20, formado pelas 19 maiores economias e a União Europeia, é o principal fórum de cooperação econômica mundial.
O aviso antecede as discussões em Washington e ocorre em meio ao aumento das tensões entre Estados Unidos e China. A ameaça de novas tarifas por Donald Trump e as restrições chinesas à exportação de terras-raras provocaram a maior queda de Wall Street em quase seis meses. Assim, Bailey defendeu que manter a cooperação internacional é essencial para evitar o colapso do mercado financeiro e sustentar o crescimento global.
FSB reforça alerta sobre colapso do mercado financeiro
Na carta, a instituição afirmou que as avaliações de mercado podem estar em desacordo com as perspectivas econômicas e geopolíticas incertas. O presidente Andrew Bailey advertiu que, sem uma aplicação rápida e consistente das reformas, a estabilidade financeira global ficará comprometida. Segundo o dirigente, apenas padrões internacionais firmes e instituições multilaterais ativas podem conter vulnerabilidades que seguem elevadas.
Por isso, o FSB, criado após a crise de 2008, anunciou uma mudança de foco diante da possibilidade de um colapso do mercado financeiro. Em vez de desenvolver novas políticas, passará a monitorar e facilitar a execução das reformas financeiras já acordadas. O objetivo é fortalecer a vigilância sobre ameaças emergentes e fechar lacunas regulatórias. Na carta, Bailey afirmou que “a necessidade de padrões e cooperação globais continua clara”, especialmente diante do avanço das dívidas e da volatilidade dos mercados.
Encontro do G20 discute riscos e coordenação global
O alerta do FSB chega em um momento de dilemas para governos e bancos centrais, pressionados por juros altos e desaceleração econômica. Analistas veem o comunicado como um aviso de que os mercados continuam sensíveis a eventos políticos, um sinal de alerta para um possível colapso do mercado financeiro. Por isso, a falta de coordenação entre as potências, segundo especialistas, pode ampliar o descompasso entre preços de ativos e fundamentos econômicos.
Desalinhamento global ameaça estabilidade financeira
O alerta reforça que o colapso do mercado financeiro não é previsão, mas um risco real se as reformas permanecerem paradas. O presidente do FSB, Andrew Bailey, ressaltou que apenas vigilância constante e cooperação multilateral podem sustentar a estabilidade diante de incertezas e endividamento crescentes.
Portanto, a mensagem ao G20 é direta: sem ação coordenada e compromisso com regras globais, a próxima crise pode deixar de ser risco e se tornar realidade.