O Pix automático obrigatório entra em vigor nesta segunda-feira (13/10), marcando uma nova fase do sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central (BC). A medida deve reduzir custos para empresas e facilitar a vida de milhões de consumidores, permitindo autorizações únicas de débitos automáticos direto na conta, sem boletos ou cartões de crédito. O BC estima que a mudança poderá beneficiar até 60 milhões de brasileiros.
Diferente do Pix tradicional, criado em 2020 e usado para transferências pontuais, o Pix automático permite pagamentos recorrentes. O cliente autoriza uma única vez e o valor é debitado automaticamente na data combinada. Funciona como uma versão moderna do débito automático, mas com controle total do usuário: é possível definir limites, periodicidade e cancelar quando quiser.
A ferramenta do Pix automático obrigatório foi lançada de forma opcional em junho e agora será obrigatória para débitos interbancários de empresas. O processo é simples: a empresa envia um pedido de autorização ao cliente, que define valor, periodicidade e limite máximo. As cobranças passam a ocorrer automaticamente, inclusive em fins de semana e feriados, com liberdade para cancelamento ou ajustes.
Pix automático obrigatório impulsiona micro e pequenas empresas
Para microempreendedores individuais (MEIs) e pequenos negócios, o Pix automático elimina a necessidade de convênios bancários antes restritos a grandes empresas. Assim, a mudança tende a reduzir custos, facilitar cobranças e ampliar a previsibilidade de receitas. Setores como academias, escolas, streamings e contas de consumo devem ser os primeiros a adotar a novidade.
Além de aumentar a eficiência, o Pix automático obrigatório deve acelerar a digitalização financeira entre pequenos empreendedores, que antes enfrentavam custos adicionais com o débito automático tradicional.
Segurança reforçada e confiança do consumidor
O BC definiu regras rígidas para prevenir fraudes. Apenas empresas com CNPJ ativo há mais de seis meses poderão oferecer o serviço. Por isso, bancos e instituições devem checar o histórico da empresa, seu faturamento, número de funcionários e a compatibilidade entre o serviço ofertado e a atividade econômica.
Para o consumidor, o Pix automático obrigatório traz conveniência semelhante à de cartões de crédito, mas com menor custo e controle total. O usuário poderá ajustar ou cancelar cobranças diretamente no aplicativo, garantindo segurança e autonomia. A medida também amplia o acesso a serviços digitais para quem não possui cartão, reforçando a inclusão financeira.
Novas fronteiras do Pix e efeitos esperados
O Pix automático obrigatório integra a estratégia do Banco Central de expandir o ecossistema de pagamentos instantâneos, que inclui o Pix agendado recorrente, o Pix internacional e o projeto Drex, voltado à moeda digital brasileira.
Economistas avaliam que a medida deve estimular o consumo e fortalecer o setor de serviços. Portanto, o desempenho da ferramenta nos próximos meses indicará o avanço da automação financeira e a confiança do consumidor nesse novo modelo de pagamento.