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Investimento da Shell na Nigéria: US$ 2 bi em projeto de gás natural

O investimento da Shell na Nigéria, avaliado em US$ 2 bilhões, marca nova fase da empresa no país. O projeto HI Offshore Gas, em parceria com a Sunlink Energies, deverá produzir cerca de 9,9 milhões de m³ de gás por dia até o fim da década, fornecendo parte do volume para a planta Nigeria LNG. O plano reforça a expansão global da Shell no mercado de gás natural, estimado em US$ 1,4 trilhão em 2025, e consolida a Nigéria como exportadora estratégica de GNL.
Investimento da Shell na Nigéria em novo projeto de gás natural
O novo investimento da Shell na Nigéria marca a expansão global da companhia no setor de gás natural liquefeito, reforçando a presença da multinacional no continente africano. (Imagem: Shell)

Novo investimento da Shell na Nigéria, aprovado nesta terça-feira (14/10), prevê a construção do campo HI Offshore Gas, em parceria com a Sunlink Energies. A cerca de 50 km da costa e a 100 metros de profundidade, o campo descoberto em 1985 deve entrar em operação antes do fim da década. A projeção é de uma produção de quase dez milhões de metro cúbicos de Gás Natural Liquefeito (GNL) por dia.

A Shell deterá 40 % do projeto, enquanto a Sunlink ficará com os 60 % restantes. O projeto HI fornecerá gás para a planta Nigeria LNG, que exporta GNL para mercados internacionais.

O investimento da Shell na Nigéria, de US$ 2 bilhões, reforça a meta da companhia de aumentar sua produção global de GNL. A expectativa é atingir um aumento entre 4 % e 5 % ao ano até 2030. Após desinvestir em campos terrestres afetados por vazamentos e furtos, a Shell volta a apostar em operações offshore consideradas de risco mais controlado.

Investimento da Shell na Nigéria mostra o potencial do mercado mundial de gás natural

O mercado global de gás natural vem ganhando fôlego, não apenas com o investimento da Shell na Nigéria. A Business Research Company estima que o valor do mercado de gás em 2025 será de cerca de US$ 1,478 trilhão. O crescimento anual composto deve chegar a aproximadamente 6,8%.

Em termos de demanda volumétrica, segundo a International Gas Union, o consumo global de gás natural atingiu 4.122 bilhões de metros cúbicos em 2024. Trata-se de um aumento de 1,9 % em relação a 2023. Além disso, há expectativa de nova expansão de 1,7 % em 2025. No Brasil, sinalizando a importância deste mercado, a Petrobras anunciou redução no preço do gás natural em setembro deste ano.

O Gás Natural Liquefeito (GNL), matéria-prima que o novo investimento da Shell na Nigéria irá produzir, é uma forma de gás natural resfriado a cerca de –162 °C. O resfriamento transforma o gás em líquido e reduz seu volume em mais de 600 vezes. Isso facilita o transporte e o armazenamento em locais sem gasodutos, permitindo que países distantes acessem a mesma fonte de energia.

O material é de grande relevância para usinas termoelétricas, indústrias e transporte pesado, pois é uma alternativa mais limpa ao carvão e ao óleo.

Curioso? Saiba mais assistindo ao vídeo abaixo:

Impactos e potencial futuro

Os números do mercado de gás natural e o investimento da Shell na Nigéria evidenciam a relevância estratégica de grandes projetos de gás como o HI para reforçar cadeias de suprimento e atender à demanda global crescente. Isso porque a parceria entre uma multinacional (Shell) e um operador local (Sunlink) tende a ampliar a capacidade técnica e logística interna, potencializando futuras rodadas de exploração offshore.

No plano global, projetos como este contribuem para que o gás natural mantenha seu papel de transição energética, menos intensivo em carbono do que carvão e óleo, mas ainda sujeito a debates quanto a emissões de metano e limitações de longo prazo.

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