Conteúdo Patrocinado
Anúncio SST SESI

Auxílio dos EUA à Argentina eleva títulos e é alívio parcial à crise

O auxílio dos EUA à Argentina, de US$ 40 bilhões, impulsionou os títulos e o peso argentino nesta quarta-feira (15/10). O pacote, detalhado pelo secretário do Tesouro americano Scott Bessent, inclui linha de crédito e swap cambial. Apesar do alívio imediato, analistas afirmam que a reação do mercado é temporária e depende do cenário político antes das eleições legislativas de 26 de outubro.
Casa Rosada, sede do Executivo argentino, representando o auxílio dos EUA à Argentina em meio à crise.
Auxílio de US$ 40 bilhões dos EUA impulsiona títulos argentinos e dá fôlego temporário aos mercados. (Imagem: Pexels)

Os títulos soberanos da Argentina avançaram nesta quarta-feira (15/10) após o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, anunciar um pacote de auxílio à Argentina no valor de US$ 40 bilhões.

O valor é o dobro da promessa inicial feita por Washington. A notícia reverteu parte das perdas da véspera e trouxe uma trégua temporária ao mercado. Porém, o cenário argentino continua pressionado pela incerteza política e pelo custo elevado do crédito doméstico.

Estrutura do auxílio dos EUA à Argentina

O plano inclui uma linha de crédito privada de US$ 20 bilhões e uma linha de swap cambial de igual valor. As medidas buscam reforçar a liquidez do peso e garantir fôlego às reservas internacionais. Segundo o portal Semafor, a estrutura do pacote de auxílio dos EUA despertou o interesse de bancos e fundos soberanos que estudam participar da operação na Argentina.

Ademais, o portal Axios informou que o Tesouro americano voltou a comprar pesos argentinos no mercado à vista. A medida é interpretada como gesto de apoio direto à política cambial do governo de Javier Milei.

Entre os investidores argentinos, o impacto do auxílio dos EUA foi imediato:

  • Títulos com vencimento em 2035 subiram quase dois centavos, negociados acima de 59 centavos por dólar, segundo dados da Bloomberg.
  • O peso argentino reverteu a trajetória negativa e valorizou 0,4% nas negociações da tarde.
  • A taxa de recompra overnight (caución) saltou de 115% para 170%, atingindo o maior nível já registrado.

Reação dos líderes de Estado

Em 14/10, o presidente americano Donald Trump havia indicado que a liberação do auxílio dos EUA dependeria do resultado das eleições legislativas argentinas, marcadas para 26 de outubro. O comentário provocou venda de ativos e ampliou a volatilidade no país. Agora, o novo anúncio do secretário do Tesouro americano parece indicar uma mudança estratégica em relação à fala anterior de Trump.

O presidente Javier Milei, em entrevista concedida nesta quarta-feira (15/10) à CNBC, afirmou que o auxílio dos EUA está garantido até 2027. Além disso, Milei enfatizou que o pacote ajudará a Argentina a honrar sua dívida externa.

Perspectiva de curto fôlego

Apesar da reação positiva momentânea, especialistas veem o auxílio dos EUA à Argentina como um impulso temporário. Isso porque a incerteza eleitoral e a fragilidade fiscal do país devem limitar o alcance das medidas.

Por isso, espera-se que a volatilidade persista até o resultado das urnas. Enquanto isso, investidores seguem avaliando se o pacote de Washington será suficiente para sustentar a recuperação da confiança na economia argentina.

Confira nossos canais
Siga nas Redes Sociais
Notícias Relacionadas