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Venda da Eletronuclear marca nova fase financeira da Eletrobras

A venda da Eletronuclear à J&F, por R$ 535 milhões, marca a saída definitiva da Eletrobras do setor nuclear e reforça seu foco estratégico em geração e transmissão de energia. A operação, que inclui a transferência de 68% do capital da Eletronuclear e a assunção de R$ 2,4 bilhões em obrigações pela Âmbar Energia, melhora o perfil financeiro da estatal e libera capital para novos projetos de energia limpa e modernização de ativos.
Venda da Eletronuclear à J&F marca reestruturação financeira da Eletrobras
Venda da Eletronuclear à J&F encerra participação da Eletrobras no setor nuclear e reforça foco estratégico em geração e transmissão de energia. (Imagem: Eletronuclear)

A venda da Eletronuclear à J&F, por R$ 535 milhões, foi anunciada nesta quarta-feira (15/10). O anúncio simboliza o encerramento de um ciclo de reestruturação da Eletrobras após sua privatização. O negócio, firmado com a holding da família Batista, inclui a transferência integral da fatia de 68% do capital total e 35,9% do capital votante da empresa. A Eletronuclear administra as usinas nucleares de Angra 1, 2 e 3.

Pelo acordo, a J&F, por meio da Âmbar Energia, também assumirá R$ 2,4 bilhões em debêntures firmadas com a União. Além disso, a holding assumirá garantias financeiras que antes eram de responsabilidade da Eletrobras. Com a venda da Eletronuclear, a estatal obtém a liberação de compromissos e reduz sua exposição a um segmento considerado pouco estratégico desde o processo de desestatização.

A transação representa um marco importante para a Eletrobras e reforça o compromisso assumido com os seus acionistas e o mercado, de otimização de seu portfólio e alocação de capital, com foco na geração de valor e simplificação de sua estrutura“, afirmou a companhia em nota.

A operação ainda depende de ajustes contratuais e de aprovação regulatória. Porém, o anúncio já provocou reação positiva na Bolsa: ELET3 subiu 2,26% e ELET6 avançou 2,71% no mesmo dia.

Foco estratégico após a venda da Eletronuclear

A alienação ocorre dentro do plano de simplificação societária e melhoria de liquidez da Eletrobras. O plano busca concentrar investimentos em geração e transmissão de energia, eixos centrais de rentabilidade. No segundo trimestre, a estatal havia aportado R$ 7,8 bilhões na Eletronuclear, valor que resultará em perda contábil estimada de R$ 7 bilhões no próximo balanço. Assim, a redução de riscos operacionais e financeiros poderá compensar o impacto pontual da venda da Eletronuclear.

Com a venda da Eletronuclear para a J&F, a holding da família Batista amplia sua presença no setor energético. Agora, a Âmbar Energia poderá ser uma das principais plataformas privadas do país. Já o governo, por meio da ENBPar, mantém o controle estratégico da Eletronuclear. Assim, poderá preservar o caráter estatal das atividades nucleares e a condução do projeto de Angra 3, ainda em fase de licenciamento.

Nova configuração do portfólio da Eletrobras

Analistas de mercado veem a venda da Eletronuclear como sinal de disciplina financeira. Ao liberar capital e diminuir obrigações com credores, a Eletrobras ganha espaço para investir em projetos de energia renovável e modernização de suas redes. Dessa forma, o movimento reforça o processo de transição para um modelo corporativo mais enxuto, com metas de rentabilidade definidas e foco na criação de valor sustentável para seus acionistas.

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