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Brasil mira liderança no mercado global de bioinsumos com tecnologia tropical

O Brasil intensifica sua aposta no mercado global de bioinsumos, segmento que cresce 22% ao ano no país. Com base em biodiversidade tropical e tecnologia agrícola, o governo e o setor privado articulam alianças internacionais e investimentos em inovação para fortalecer a liderança nacional na agricultura sustentável.
Colheitadeira em lavoura brasileira simboliza o avanço do mercado global de bioinsumos
Expansão do mercado global de bioinsumos reforça o protagonismo do Brasil em tecnologia tropical e práticas agrícolas de baixo impacto ambiental. (Imagem: Freepik)

O mercado global de bioinsumos ganha novo impulso com o avanço do Brasil, que registrou alta média de 22% no uso desses produtos nos últimos três anos. A estratégia nacional combina experiência tropical e inovação tecnológica para ampliar a presença internacional de um setor que já cobre 156,6 milhões de hectares, cerca de um quarto da área cultivada.

O movimento é liderado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em parceria com a CropLife Brasil, no Projeto Bioinsumos do Brasil. Com investimento de R$ 5 milhões, a iniciativa fortalece a presença de empresas nacionais em feiras globais e consolida padrões internacionais de qualidade e rastreabilidade.

O que são bioinsumos e por que o mercado global cresce

Os bioinsumos são produtos biológicos usados na agricultura para substituir fertilizantes e defensivos químicos. Eles utilizam microrganismos, extratos vegetais ou substâncias naturais que fortalecem o solo e aumentam a resistência das plantas. Assim, reduzem o impacto ambiental e melhoram a qualidade da produção.

Dado o contexto, o mercado global de bioinsumos cresce rapidamente, pois os produtores buscam métodos mais sustentáveis e mais eficientes. Além disso, a adoção desses insumos favorece a redução de custos, o aumento da produtividade e o cumprimento de exigências ambientais internacionais.

Entre os principais tipos de bioinsumos utilizados na agricultura estão:

  • Biofertilizantes: enriquecem o solo com microrganismos que favorecem o crescimento das plantas e reduzem o uso de fertilizantes sintéticos.
  • Biodefensivos: combatem pragas e doenças agrícolas com base em fungos, vírus e bactérias benéficas.
  • Inoculantes microbianos: aplicados em sementes de soja, feijão e milho para melhorar a fixação biológica de nitrogênio.
  • Biorreguladores: estimulam o desenvolvimento das raízes e a resistência a estresses climáticos.
  • Bioestimulantes: fortalecem a fisiologia das plantas, aumentando a produtividade e o teor nutricional dos alimentos.

Com o apoio de políticas públicas e avanços em biotecnologia tropical, o Brasil transforma sua biodiversidade em vantagem competitiva. Dessa forma, o país consolida posição de destaque no mercado global de bioinsumos, atraindo investimentos e parcerias internacionais voltadas à inovação e sustentabilidade.

Mercado global de bioinsumos impulsiona cooperação internacional

A expansão do mercado global de bioinsumos reflete uma mudança estrutural no agronegócio. A demanda por soluções biológicas cresce à medida que produtores buscam menor dependência de fertilizantes químicos e redução de emissões de carbono. Além disso, o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Agrário (MDA) informa que o país reúne mais de 170 empresas no setor, com alta de 35% nas vendas internas.

Segundo Laudelino André Müller, gerente de Agronegócios da ApexBrasil, o país “busca uma posição estratégica nesse movimento global, por reunir uma biodiversidade única — base para a descoberta de microrganismos com potencial agrícola”. Essa biodiversidade tropical garante vantagem competitiva, pois os bioinsumos brasileiros são adaptados a altas temperaturas e solos ácidos, comuns nas regiões agrícolas do país.

Inovação tropical e ciência ampliam competitividade brasileira

A inovação tecnológica é central para o avanço do mercado global de bioinsumos. Universidades e instituições como a Embrapa trabalham em parceria com empresas privadas para desenvolver soluções de bioinformática e biotecnologia agrícola. Desse modo, o país adapta microrganismos a culturas como soja, cana-de-açúcar, algodão e café, elevando a produtividade e reduzindo o uso de fertilizantes nitrogenados.

Por outro lado, a diplomacia verde tem impulsionado a internacionalização do setor. Jorge Viana, presidente da ApexBrasil, afirmou à Exame que a América do Norte e a União Europeia são “mercados-chave para expor casos brasileiros de sucesso na produção sustentável”. Com isso, a entidade aposta na integração latino-americana para ampliar a presença regional dos bioinsumos brasileiros.

Avanço sustentável e liderança global brasileira em bioinsumos

O protagonismo brasileiro no mercado global de bioinsumos confirma uma transição firme para a agricultura sustentável. Ao unir ciência tropical, biodiversidade e inovação tecnológica, o país consolida um modelo produtivo capaz de atender à demanda mundial por alimentos e energia limpa. Além disso, espera-se que as exportação de bioinsumos seguirá em expansão, consolidando o Brasil como referência global em soluções agrícolas de baixo impacto ambiental.

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