Novo financiamento do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) à Embraer, aprovado nesta sexta-feira (17/10), soma R$ 1,7 bilhão e permitirá a exportação de 13 aeronaves modelo E-175 para a norte-americana SkyWest Airlines. As entregas ocorrerão entre o quarto trimestre de 2025 e o fim de 2026, por meio da linha BNDES Exim Pós-Embarque, voltada a crédito à exportação.
SkyWest e Embraer ampliam parceria internacional com financiamento do BNDES
A SkyWest, maior operadora mundial do modelo E-175, possui atualmente 265 aeronaves e deve chegar a 279 até 2026. O financiamento à Embraer será pago em dólares, o que, segundo o BNDES, gera divisas para o Brasil e fortalece a balança comercial.
“O BNDES tem um papel fundamental na promoção da competitividade da indústria brasileira no mercado global”, afirmou Aloizio Mercadante, presidente do BNDES. Desde 1997, a instituição financiou US$ 26,7 bilhões em exportações de 1.350 aeronaves da fabricante.
Para o CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, o financiamento do BNDES à empresa é “estratégico para expandir a atuação em um mercado tão relevante quanto os Estados Unidos”. O executivo afirmou que o banco tem sido um parceiro essencial para o fortalecimento da posição global da companhia.
Crédito reforça política industrial e competitividade
Em 2025, o BNDES já desembolsou R$ 3,4 bilhões em financiamento para exportações da Embraer, incluindo operações aprovadas anteriormente. O banco defende que países com indústrias aeronáuticas de ponta mantenham apoio contínuo às exportações por meio de agências públicas de crédito. A prática já é comum nos EUA e na Europa.
A operação de financiamento do BNDES ocorre em um momento em que a Embraer busca ampliar sua presença internacional. Por exemplo, a venda de jatos à TrueNoord, anunciada em 14/10 e avaliada em US$ 1,8 bilhão, marcou o primeiro pedido direto da TrueNoord, empresa de leasing, a um fabricante e impulsionou as ações da companhia.
Exportações consolidam Embraer como líder global
Com a nova operação, a Embraer reforça sua liderança mundial em jatos de até 150 assentos e a relevância da indústria aeronáutica brasileira. O financiamento do BNDES à Embraer consolida o Brasil como exportador de tecnologia de alto valor agregado. Dessa forma, o valor investido também reafirma o papel do banco no apoio à competitividade industrial.