O novo presidente da Previ, Márcio Chiumento, foi indicado pelo Banco do Brasil e iniciou os trâmites de posse após a renúncia do então gestor, nesta sexta-feira (17/10). O fundo de pensão, que administra um patrimônio de R$ 272,4 bilhões, encerrou 2024 com déficit de R$ 17,4 bilhões, após registrar superávit de R$ 9,8 bilhões em 2023.
A nomeação do novo presidente da Previ ocorre em substituição a José Maurício Fukunaga, que passará a ocupar a Diretoria de Relações Governamentais e ASG da EloPar, holding controlada por Banco do Brasil e Bradesco.
Em pronunciamento oficial, Fukunaga destacou que “nunca houve rombo de qualquer tipo” e atribuiu o resultado negativo de 2024 a fatores “conjunturais”, reforçando que a performance do fundo segue dentro dos parâmetros de solvência e governança previstos pelas normas atuariais
Quando João Fukunaga foi nomeado em 2023 como presidente da Previ, enfrentou críticas e pedidos de afastamento, motivados por questionamentos sobre sua experiência e capacidade técnica para exercer a função.
Perfil técnico do novo presidente da Previ
Funcionário de carreira do Banco do Brasil desde 2000, Márcio Chiumento traz experiência em cargos de alto nível e formação sólida. É graduado em Direito, mestre em Gestão e Inovação e possui MBA em Negócios Financeiros pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Antes de ser o novo presidente da Previ, atuou como Ouvidor-Geral do BB e conselheiro da Neoenergia e da Tupy.
Primeira mulher indicada pelo BB à diretoria da Previ
Com a posse de Márcio Chiumento, Adriana Chagastelles foi nomeada diretora de Participações. A executiva, funcionária de carreira e associada do Plano 1, é a primeira mulher indicada pelo Banco do Brasil a um cargo de direção na história da instituição. A nova diretoria da Previ reflete o compromisso com diversidade e governança responsável.
Governança e desafios sob a nova gestão
A gestão do novo presidente da Previ deve priorizar solidez financeira, sustentabilidade e valorização dos associados. O Conselho Deliberativo afirma que a escolha de Chiumento reforça os princípios técnicos e a transparência da entidade, que permanece como o maior fundo de pensão do país.
Desafio do novo presidente da Previ
O novo presidente da Previ, Márcio Chiumento, assume em um momento de atenção redobrada ao desempenho financeiro do fundo. O déficit bilionário em 2024 expôs vulnerabilidades na estratégia de investimentos e reacendeu o debate sobre o equilíbrio entre risco e retorno na gestão dos ativos. O desafio de Chiumento, com a saída de Fukunaga, será fortalecer a governança, ampliar a transparência e preservar a rentabilidade em um cenário de juros altos e volatilidade global.
O sucesso dessa missão determinará não apenas a credibilidade da Previ perante o mercado e o Tribunal de Contas da União, mas também a confiança de mais de 200 mil associados que dependem do fundo para sua segurança de longo prazo.