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CEO da Nokia minimiza risco de bolha da IA e compara ao boom da internet

A bolha da IA voltou a ser tema de debate após o CEO da Nokia, Justin Hotard, afirmar que estamos vivendo um “superciclo” semelhante ao boom da internet nos anos 1990. Apesar do otimismo, muitos investidores, incluindo Jeff Bezos e Sam Altman, expressam cautela, temendo uma supervalorização das ações. Um relatório recente sugere que a bolha da inteligência artificial pode ser 17 vezes maior que a da internet. Hotard defende que, ao contrário das bolhas do passado, o ciclo atual é sustentado por fundamentos sólidos e pela crescente demanda por infraestrutura tecnológica. Quer saber mais?
Bolha da IA representa o risco de supervalorização dos investimentos em inteligência artificial no mercado global.
O termo bolha da IA indica que o valor de mercado das empresas de inteligência artificial pode estar acima do que seus fundamentos justificam. (Imagem: Ilustrativa)

A bolha da IA voltou ao centro do debate corporativo após o CEO da Nokia, Justin Hotard, afirmar nesta quinta-feira (23/10) que o setor vive um “superciclo” comparável ao boom da internet nos anos 1990. Segundo ele, mesmo que o mercado enfrente correções ou períodos de ajuste, as tendências de longo prazo permanecem positivas.

“Estamos no início de um superciclo de IA, muito parecido com a década de 1990 com a internet. Mesmo que haja uma bolha, uma depressão, observaremos as tendências de longo prazo”, disse Hotard em entrevista à Reuters.

O que é a bolha da IA

O termo bolha da IA descreve a percepção de que os investimentos e as avaliações de mercado de empresas de inteligência artificial podem estar inflados em relação ao valor real de seus fundamentos econômicos. Assim como ocorreu com a “bolha da internet” nos anos 1990, parte dos analistas teme que o entusiasmo atual leve a uma supervalorização de ações, seguida por uma correção abrupta.

A euforia é impulsionada pelo avanço de modelos generativos, pelo crescimento das big techs e pela corrida global por infraestrutura de data centers. No entanto, especialistas alertam que apenas companhias com produtos consolidados e capacidade real de monetização conseguirão sustentar margens no longo prazo.

Bolha da IA é motivo de cautela entre investidores e líderes do setor

Apesar do otimismo de Hotard, há sinais de prudência no mercado. Pesquisa do Bank of America indicou que mais da metade dos gestores de fundos acredita que as ações ligadas à IA estão em uma bolha. Entre os que demonstram cautela estão o fundador da Amazon, Jeff Bezos, e o CEO da OpenAI, Sam Altman. Ambos constantemente alertaram para riscos de excesso de euforia e possíveis perdas financeiras.

Essa percepção reflete o rápido aumento dos investimentos em modelos generativos e infraestrutura de processamento, impulsionando os custos de energia e o consumo global de semicondutores. Além disso, um relatório divulgado no início de outubro afirma que a bolha da Inteligência artificial pode ser 17 vezes maior que a da internet, justificando temores.

Confira no vídeo mais informações sobre a bolha da IA:

Base tecnológica de longo prazo

Além disso, Hotard, que liderou a divisão de IA e data centers da Intel, também defende que o atual ciclo é sustentado por fundamentos reais de transformação digital, não apenas por expectativas de mercado. Para o executivo, o avanço da conectividade e da automação criará uma base tecnológica de longo prazo. Tudo sustentado por aplicações industriais, empresariais e de telecomunicações.

“Mesmo que o ritmo se ajuste, a trajetória é de crescimento estrutural”, afirmou.

O aguardar depois da euforia da bolha da AI

A bolha da IA, caso se confirme, tende a afetar mais empresas especulativas do que aquelas com infraestrutura consolidada. No entanto, a expansão contínua de data centers, redes de fibra óptica e serviços de nuvem indica que o investimento em tecnologia continuará forte.

A estratégia da Nokia se insere nesse contexto de consolidação da economia digital. Com isso, buscando capturar o valor da infraestrutura que sustenta a nova era da inteligência artificial. A empresa aposta que, ao contrário das bolhas do passado, o ciclo atual é guiado por fundamentos sólidos e pela necessidade de capacidade de rede. Nesse sentido, trata-se de um vetor de longo prazo que pode redefinir a competitividade no setor.

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