O fundador da Binance, Changpeng Zhao, recebeu na quarta-feira (22/10) um perdão presidencial (indulto) assinado por Donald Trump. A decisão encerra uma disputa jurídica que se arrastava desde 2023, quando a maior corretora de criptomoedas do mundo admitiu violações das leis de combate à lavagem de dinheiro e deixou de poder operar nos Estados Unidos.
Segundo fontes do Wall Street Journal, Trump considerou que o dono da Binance foi alvo de perseguição política durante o governo anterior, de seu opositor Joe Biden. Zhao foi condenado à prisão em maio de 2024.
Articulações de fundador da Binance trazem resultado
O perdão ocorre após meses de articulações da Binance para reabrir suas operações no país. A empresa pagou multa recorde de US$ 4,3 bilhões ao Departamento de Justiça (DoJ). O decreto de Trump sobre o fundador deve encerrar a supervisão da Binance, embora o monitoramento do Departamento do Tesouro continue ativo.
Desde o ano passado, o dono da Binance buscava o perdão com apoio de lobistas em Washington. A companhia também estreitou laços com o grupo World Liberty Financial, ligado à família Trump. Além disso, a Binance investiu US$ 2 bilhões na criptomoeda USD1, controlada pela empresa. O ativo tornou-se um dos principais impulsionadores do patrimônio do presidente, segundo o jornal americano.
Analistas afirmam que o gesto político de perdão a Changpeng Zhao pode permitir o retorno da Binance ao mercado americano, fortalecendo sua presença global e reduzindo o domínio de rivais asiáticos. Críticos, porém, veem risco de conflito de interesses e enfraquecimento das regras de combate a crimes financeiros.
Rumo incerto após perdão ao dono da Binance
O perdão ao fundador da Binance redefine o cenário regulatório das criptomoedas nos Estados Unidos. Caso a empresa volte a operar no país, o episódio pode marcar uma inflexão na política financeira de Trump, aproximando Washington do setor cripto. Porém, o gesto também reacende dúvidas sobre a independência das decisões de governo no ambiente digital.









