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Banco do Brasil com desempenho fraco preocupa JPMorgan e ameaça lucro em 2025

O desempenho do Banco do Brasil (BB) em 2025 acende preocupações após o JPMorgan reduzir suas projeções de lucro, prevendo um trimestre desafiador que pode comprometer o guidance anual. A inadimplência no agronegócio e as novas exigências regulatórias são fatores que impactam a rentabilidade da instituição. Além disso, a crise argentina e a Medida Provisória 1.314/2025 adicionam pressão sobre os resultados. Com investidores adotando uma postura cautelosa, a expectativa é de que a recuperação da rentabilidade do BB só ocorra em 2026. Descubra mais sobre os desafios e as perspectivas do banco!
Desempenho do Banco do Brasil em 2025 é motivo de preocupação para a JPMorgan.
Desempenho do Banco do Brasil em 2025 é revisto após alerta do JPMorgan sobre risco à meta de lucro. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O fraco desempenho do Banco do Brasil (BB) em 2025 novamente em destaque após o JPMorgan reduzir suas projeções de lucro e reforçar o alerta de cautela. O banco americano prevê um trimestre mais desafiador, o que pode comprometer o guidance anual de lucro entre R$ 21 bilhões e R$ 25 bilhões. A revisão reflete o impacto da inadimplência no agronegócio, do crédito restrito para pequenas empresas e das novas exigências regulatórias impostas pelo Banco Central.

No segundo trimestre, o lucro líquido do BB caiu cerca de 60% frente ao mesmo período de 2024. O resultado acendeu o alerta sobre a rentabilidade da instituição, que ainda enfrenta incertezas no mercado rural e maior pressão nas provisões de crédito. Para o JPMorgan, a execução da meta anual dependerá de um último trimestre excepcional e de avanços na normalização das carteiras de crédito.

Desempenho do Banco do Brasil sofre influência da crise argentina

O relatório também destacou que o desempenho do Banco do Brasil vem sendo afetado pela situação econômica na Argentina. A instabilidade política e a desvalorização do peso reduziram a contribuição do Banco Patagônia, subsidiária do BB. Embora o banco não divulgue números detalhados, analistas consideram que a operação tem peso relevante nos lucros consolidados.

Além disso, outro ponto de pressão é a Medida Provisória 1.314/2025, que prevê a renegociação de dívidas do agronegócio. O atraso na tramitação gerou, segundo o JPMorgan, “risco moral” entre produtores que adiaram pagamentos à espera da aprovação. As provisões para devedores duvidosos permanecem elevadas, estimadas em R$ 16 bilhões, o que limita a recuperação imediata dos resultados.

Confira no vídeo mais informações sobre a queda no preço das ações do Banco do Brasil:

Mercado adota tom mais cauteloso com as ações BBAS3

O relatório do JPMorgan destaca uma visão mais prudente dos investidores em relação ao desempenho do Banco do Brasil. O sentimento do mercado se divide em três frentes principais:

  • Investidores locais: estão mais céticos e preveem resultados abaixo dos observados no segundo trimestre, influenciados pelo crédito rural e pela incerteza fiscal.
  • Investidores estrangeiros: mostram postura mais neutra, apostando em estabilidade até o fim do ano, mas sem expectativas de crescimento expressivo.
  • Percepção geral do mercado: há preocupação com a qualidade do lucro, marcada por renegociações, provisões elevadas e menor recorrência operacional.

O JPMorgan manteve recomendação neutra para o Banco do Brasil, com preço-alvo de R$ 25 e múltiplos de 0,7 vez o valor patrimonial e 4,3 vezes o lucro estimado para 2026.

“Há alguns meses, esperava-se um trimestre semelhante ao 2T25. Agora, o consenso aponta para um 3T mais desafiador”, afirma o relatório.

No pregão desta sexta-feira (24/10), as ações do BB encerraram cotadas a R$ 20,52, registrando queda de 0,63%.

Expectativa da rentabilidade e próximos passos do Banco do Brasil

O fraco resultado do Banco do Brasil deve continuar, então, pressionado até que o ambiente de crédito rural se estabilize e a operação argentina se recupere. Segundo o JPMorgan, a melhora da rentabilidade do Banco do Brasil poderá ocorrer apenas em 2026, dependendo da influência do cenário político e da redução das provisões.

Em um contexto de juros elevados e menor apetite por risco, o desempenho financeiro do BB será, assim, decisivo para sustentar a confiança do mercado. O cumprimento da meta anual, portanto, dependerá de ajustes rápidos nas carteiras e da retomada gradual da margem financeira.

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