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Reestruturação dos Correios inclui corte de agências e mudanças no plano de saúde

A reestruturação dos Correios, que começou em outubro, trará mudanças importantes, como o fechamento de agências e alterações no plano de saúde dos funcionários. Com um empréstimo de R$ 20 bilhões em negociação, a empresa estatal busca recuperar sua liquidez diante de desequilíbrio estrutural. Apenas 15% das agências operam com lucro, e o futuro da companhia depende do êxito desse plano para assegurar a sustentabilidade fiscal e a eficiência operacional.
reestruturação dos Correios inclui corte de agências e mudanças no plano de saúde
Os Correios passam por reestruturação com cortes de agências, mudanças no plano de saúde e criação de fundo imobiliário para obter empréstimo de R$ 20 bilhões. (Imagem: Tribuna do PR)

A reestruturação dos Correios entrou em nova fase neste mês de outubro, com medidas voltadas à redução de custos e à recuperação de liquidez. O pacote de reestruturação inclui corte de agências, mudanças no plano de saúde e criação de um fundo imobiliário.

A medida é a principal contrapartida ao empréstimo de R$ 20 bilhões em negociação com Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e bancos privados.

Segundo a Folha de S. Paulo, a direção da estatal enfrenta um quadro de desequilíbrio estrutural. Segundo técnicos que participam das discussões, os Correios acumulam custos crescentes, uso indevido do caixa próprio e baixa eficiência operacional. Por isso, o plano de reorganização precisa convencer as instituições financeiras de que os Correios terão condições de pagar as parcelas e manter solvência de longo prazo.

Plano de reorganização dos Correios busca otimização na estatal

Entre os ajustes, o ponto mais sensível da reestruturação é o Postal Saúde, plano de saúde dos empregados dos Correios, que possui 203 mil beneficiários, sendo 25% com mais de 59 anos. O passivo da empresa com a operadora atingiu R$ 692,2 milhões no segundo trimestre de 2025, um aumento de 80% em um ano. O novo modelo ainda está em discussão, mas pode migrar para um formato de auxílio-saúde mensal ou de patrocínio a operadora privada.

Outro eixo da reestruturação é a otimização da rede de agências dos Correios. Afinal, a estatal mantém cerca de 10 mil unidades, das quais apenas 15% operam com superávit. O plano prevê o fechamento ou fusão de estruturas próximas, revisão de contratos de aluguel e uso de imóveis ociosos para compor o fundo imobiliário em análise pela Caixa. O presidente do banco, Carlos Vieira, afirmou que a operação “capitaliza os Correios e gera receitas futuras com aluguéis e arrendamentos”.

Além disso, o presidente Emmanoel Rondon anunciou um novo Programa de Demissão Voluntária (PDV), após a adesão de 3.705 funcionários no ciclo anterior. A medida busca consolidar ganhos de eficiência e fortalecer o caixa, sinalizando aos credores que a estatal adota um plano sustentável de reorganização financeira.

Próximos passos na reestruturação

A reestruturação da estatal ainda passa por ajustes técnicos antes de ser submetida aos bancos credores e ao Tesouro Nacional, que deve atuar como garantidor do financiamento aos Correios. Portanto, o sucesso do plano de reestruturação será decisivo para o futuro da empresa, pressionada por custos previdenciários, passivos de saúde e baixa rentabilidade.

Caso o pacote alcance seus objetivos, os Correios poderão abrir uma nova fase de gestão, baseada em sustentabilidade fiscal e foco operacional.

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