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Caso Banco Master: Febraban nega pressões sobre o Banco Central

A Febraban negou exercer pressões sobre o Banco Central no caso Banco Master, que enfrenta dificuldades financeiras e negocia a venda do Will Bank para reforçar liquidez. A entidade divulgou nota reafirmando sua independência institucional e tentando conter ruídos no setor bancário, enquanto analistas apontam que o episódio reacende debates sobre o papel do FGC e a regulação do sistema financeiro.
Caso Banco Master: sede do Banco Master em São Paulo durante crise citada pela Febraban.
Fachada interna do Banco Master em São Paulo, no centro da crise que levou a Febraban a negar pressões sobre o Banco Central. (Imagem: Divulgação)

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) negou, na segunda-feira (27/10), qualquer atuação para pressionar o Banco Central (BC) no caso Banco Master, após reportagem indicar suposta tentativa de acelerar cobranças sobre o tema.

Em nota oficial, a entidade afirmou que “não cabe — e jamais coube ou caberia — à Febraban ‘acelerar’ cobranças de qualquer natureza junto ao Banco Central”.

A manifestação ocorre em meio ao prolongado impasse envolvendo o Banco Master, que enfrenta dificuldades de liquidez. O grupo tenta evitar medidas mais severas do BC, como uma eventual intervenção ou liquidação. Para isso, promove a venda de ativos e negocia o repasse do Will Bank, operação que reduziria os riscos para o Fundo Garantidor de Créditos (FGC). O Will Bank reúne cerca de R$ 7 bilhões em CDBs, segundo apurou o Valor Econômico.

Reação do setor ao caso do Banco Master

Nos bastidores, fontes apontam que parte dos grandes bancos (principais cotistas FGC) preferiria que o Master fosse liquidado. A ação seria uma forma de aplicar uma “punição exemplar” ao grupo e desestimular práticas de alavancagem excessiva. A Febraban, porém, busca se distanciar dessa leitura e preservar a imagem de entidade técnica, sem interferência em decisões de supervisão ou regulação.

A entidade também tenta conter a repercussão negativa entre associados. Isso ocorre porque o episódio expôs divergências internas sobre o papel do FGC e a extensão do socorro ao banco de médio porte.

Em sua nota, a federação reforçou que “não se vale de terceiros, tampouco de fontes anônimas, para divulgar intenções que não condizem com sua atuação institucional”.

O comunicado reflete um esforço claro de blindar a entidade de ruídos políticos e preservar a credibilidade do sistema bancário em meio à crise envolvendo o Banco Master.

Assista o vídeo e entenda o caso da crise do Banco Master:

Prudência do Banco Central no sistema financeiro

Analistas avaliam que o caso Banco Master reacende debates sobre o equilíbrio entre autonomia regulatória e interesses corporativos. A atuação do BC para evitar um colapso imediato mostra prudência, mas também pressiona o setor a discutir os limites do FGC. Além disso, também evidencia a responsabilidade dos bancos dentro do sistema financeiro brasileiro, em um momento de maior sensibilidade para a estabilidade do crédito.

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