A Irani Papel e Embalagem (RANI3) apresentou na sexta-feira (31/10) o resultado do terceiro trimestre de 2025 (3T25), mostrando firmeza em meio a um cenário de custos ainda altos. A receita líquida subiu 4,7%, e o EBITDA ajustado avançou 15,9%, reflexo direto de ganhos de produtividade e do bom desempenho das embalagens sustentáveis. O lucro líquido, de R$ 42,1 milhões, caiu na comparação trimestral, mas segue acima do resultado de 2024 — sinal de que a empresa preserva margens mesmo num mercado mais competitivo.
Principais números resultado Irani no 3T25:
- Receita líquida: R$ 433,5 milhões (+4,7% a.a.)
- EBITDA ajustado: R$ 146,2 milhões, margem de 33,7%
- Lucro líquido: R$ 42,1 milhões
- Dívida líquida/EBITDA: 2,06x
- Caixa: R$ 681,5 milhões (+8,7%)
- ROIC: 12,9%
- Capex: R$ 50,6 milhões
O balanço revela uma Irani mais enxuta e adaptada. O modelo verticalizado e o uso de matérias-primas recicláveis continuam sendo a espinha dorsal da operação, ajudando a manter rentabilidade mesmo com a desaceleração global do consumo de papel.
Plataforma Gaia acelera modernização
A Plataforma Gaia, programa de investimentos estruturantes da companhia, teve papel central no trimestre. O projeto vem modernizando fábricas, ampliando a autossuficiência energética e reduzindo emissões. No balanço trimestral da Irani, o destaque foi o Gaia V – Repotenciação São Luiz, que trouxe ganhos práticos de eficiência e redução de custos.
Com o preço das aparas, o principal insumo do papel reciclado, ainda alto, a Irani compensou com produtividade e controle de despesas. O fluxo de caixa livre ajustado chegou a R$ 100,3 milhões, mais que o triplo do 3T24, reforçando a capacidade de financiar a própria expansão.
Disciplina financeira e margens preservadas
O desempenho da Irani no terceiro trimestre também mostrou controle no caixa. A alavancagem caiu para 2,06 vezes, dentro da meta corporativa, o que mantém espaço para investir sem pressionar o balanço. As despesas administrativas caíram 5,7% e as de vendas, 15,7%, num esforço visível de eficiência.
O custo dos produtos vendidos, de R$ 281,5 milhões, ainda foi pressionado pelas aparas, mas caiu 7% frente ao 2T25, segundo a Anguti Estatística. Mesmo com esse peso, o ROIC ficou em 12,9%, mostrando que o retorno sobre o capital continua saudável.
Sem o crédito de IPI que havia inflado o resultado anterior, o lucro menor do trimestre reflete um ajuste contábil, e não perda de desempenho. A estrutura segue sólida: 89% da dívida está no longo prazo e 99% é indexada em moeda local, o que reduz riscos e mantém o custo médio abaixo da taxa Selic.
Expansão e posicionamento no setor
O resultado Irani no 3T25 reforça a estabilidade da companhia em um setor de margens apertadas. A combinação de endividamento controlado, margens mais altas e modernização constante abre caminho para o próximo ciclo de crescimento.
Com a esperada queda nos preços das aparas e o avanço dos projetos da Plataforma Gaia, a Irani deve consolidar sua liderança no mercado de embalagens sustentáveis. Em um ambiente cada vez mais guiado por eficiência energética e visão de longo prazo, a companhia reafirma sua posição entre os principais nomes da transformação industrial sustentável no país.
Para saber mais, acesse o press release completo com os resultados da Irani no 3T25.
Confira também o calendário completo de divulgação dos resultados trimestrais das outras empresas da B3.










