O lucro da M. Dias Branco no terceiro trimestre (3T25) dispara 73,3%, alcançando R$ 216,1 milhões e superando amplamente as expectativas do mercado. Além disso, a receita líquida atingiu R$ 2,8 bilhões e o EBITDA subiu 39%, para R$ 318,1 milhões. O resultado foi sustentado por eficiência operacional, aumento de volume e um modelo de gestão mais disciplinado.

Mais do que números expressivos, o trimestre marcou uma mudança estrutural. Sendo dona de marcas como Adria, Vitarella e Piraquê, a empresa conseguiu transformar escala em rentabilidade e encerrar um ciclo de margens comprimidas com resultados positivos.

Lucro da M. Dias Branco reflete eficiência de governança e de produtividade

A virada da companhia não é obra do acaso. Desde o fim de 2024, a M. Dias Branco reformulou sua estratégia comercial com foco em boa governança, produtividade e valor agregado. O aumento de 15,2% nas vendas em toneladas, sem ampliação do parque fabril, comprova o ganho de eficiência. A verticalização quase total da produção garantiu previsibilidade de custos, com 100% das gorduras e 99,7% das farinhas de origem própria.

Mesmo com alta de 17% no óleo de palma, a queda de 13% no trigo e a valorização do real compensaram pressões inflacionárias. Essa equação operacional explica por que os ganhos da M. Dias Branco cresceram com consistência, refletindo execução precisa e disciplina financeira.

O caixa líquido chegou a R$ 721 milhões e a geração operacional atingiu R$ 530 milhões, oito vezes maior que no ano anterior. Já o rating AAA, que se refere à classificação de maior qualidade de crédito, da Fitch, foi mantido pelo oitavo ano consecutivo, respaldado pela robustez financeira.

Resultado da M. Dias Branco ganha impulso com diversificação e novos canais

O balanço também evidencia a diversificação do portfólio. As categorias de bolos, snacks e produtos saudáveis cresceram 13%, impulsionadas por marcas como Fit Food e Jasmine. No segmento B2B, o canal food service ganhou força, e a operação uruguaia da Las Acacias começou a gerar sinergias logísticas e comerciais.

Essa expansão contribuiu para que o lucro da M. Dias Branco no 3T25 refletisse uma internacionalização eficiente: menor custo de produção, melhor aproveitamento logístico e presença ampliada na América do Sul. Analistas destacam que o foco em produtos de maior valor agregado ajudou a sustentar margens em um cenário de consumo doméstico ainda contido.

No mercado financeiro, o impacto foi imediato. As ações MDIA3 subiram após o balanço, impulsionadas pela percepção de que a empresa retomou crescimento previsível e saudável.

Estratégia de longo prazo sustenta o desempenho

O lucro da M. Dias Branco no 3T25 consolida uma virada estrutural e não apenas conjuntural. A companhia equilibrou eficiência produtiva, disciplina financeira e inovação comercial, criando bases sólidas para crescimento sustentável. A margem EBITDA de 11,4% e a margem bruta de 32,4% confirmam a qualidade dos ganhos e a execução precisa.

Num contexto de juros altos e consumo seletivo, a companhia entregou consistência e previsibilidade, tornando-se referência de gestão entre as indústrias de alimentos. O desempenho da M. Dias Branco sinaliza um novo ciclo de expansão, com foco em valor, eficiência e governança. Tais atributos sustentam a confiança do mercado para os próximos trimestres.

O resultado do lucro da M. Dias Branco no terceiro trimestre deve refletir em suas ações na B3 no pregão da segunda-feira (10/11).