A divulgação dos resultados do PagBank no terceiro trimestre apresentou uma receita líquida de R$ 3,4 bilhões, um avanço de 14,4% comparado ao 3T24 mesmo em cenário de juros elevados. O desempenho, divulgado na quarta-feira (11/11), também incluiu lucro líquido recorrente de R$ 571 milhões, mantendo estabilidade operacional e reforçando o foco da gestão em expansão com disciplina.
Já a carteira de crédito alcançou R$ 4,2 bilhões, alta de 30% na comparação anual, enquanto a base de clientes chegou a 33,7 milhões, crescimento de 5%.
Para Gustavo Sechin, head de Rerações de Investimento, “apesar do cenário macroeconômico complexo, tivemos uma performance positiva”.
A avaliação reflete a condução do banco em um ambiente de inflação moderada e custo elevado de capital. E esses elementos sustentam a leitura interna de que a eficiência segue sendo prioridade.
Resultados do PagBank no trimestre ganham fôlego com crédito em alta
Os depósitos chegaram a R$ 39,4 bilhões, avanço de 15,3% que reforçou o caixa da instituição. Esse resultado ajudou a sustentar a originação de crédito e explica parte do ritmo observado nos resultados do PagBank no trimestre. Já o Retorno sobre Patrimônio Líquido Médio (ROAE) alcançou 15,1%, nível alinhado ao que costuma aparecer em bancos digitais de grande escala.
E mesmo com a taxa Selic fixa em 15%, o Chief Financial Officer, Artur Schunk, afirmou que a empresa trabalha em sintonia com a curva futura e percebe sinais mais favoráveis na inflação. Segundo ele, “a Selic pode começar a cair no começo do ano”, o que abriria espaço para margens um pouco mais amplas.
Ao mesmo tempo, a inadimplência permanece sob controle. Carlos Mauad, atualmente Chief Operating Officer, avalia que o processo deve ser de “soft landing” dos juros, sem efeitos relevantes sobre atrasos. O plano até 2029 prevê que a carteira de crédito chegue a R$ 25 bilhões, meta que exige expansão acompanhada de gestão rigorosa de fora da curva.
Desempenho reflete avanço operacional e nova gestão do Pagbank
Além de divulgar os resultados do Pagbank no terceiro trimestre, a empresa também anunciou uma reorganização executiva, alinhada já para 01/2026. Mudança essa que define uma etapa importante na governança do banco digital.
Carlos Mauad assumirá como CEO, enquanto Gustavo Sechin passará a ocupar a diretoria financeira. Já Alexandre Magnani e Artur Schunk, atuais CEO e CFO, serão indicados ao conselho de administração, reforçando o alinhamento interno para o ciclo estratégico seguinte.
Portanto, essa transição tende a sustentar o balanço do PagBank em uma fase de maior competição entre bancos digitais e maior exigência por eficiência.
Dinâmica futura e evolução dos indicadores
Com os resultados do PagBank no terceiro trimestre e a nova configuração de liderança, a empresa poderá acelerar o desenvolvimento de produtos de crédito e serviços de pagamento. Sobretudo se a redução da Selic ocorrer no início do ano.
Além disso, a combinação de inflação controlada, inovação e forte concorrência tenderá a pressionar margens, tornando a eficiência dos indicadores do PagBank um fator central para 2026. Essa leitura sugere que a empresa buscará reforçar sua capacidade comercial e elevar a entrega de valor aos clientes em um ambiente financeiro mais competitivo.










