Investimentos em banco digital ganham força entre brasileiros que priorizam metas de curto prazo e buscam retorno superior ao CDI, fugindo das opções tradicionais como a poupança.
A digitalização do sistema financeiro e o avanço das fintechs vêm transformando a forma como os brasileiros investem. Entre os principais atrativos está a rentabilidade de banco digital, aliada à facilidade de acesso e menores taxas.
Banco digital se consolida como alternativa para investimentos de curto prazo
Instituições que operam exclusivamente online, os bancos digitais oferecem produtos com foco em investimentos de curto prazo, como o CDB com liquidez diária, ideais para quem pretende realizar objetivos em até 12 meses. Segundo pesquisa do Mercado Pago com 25 mil pessoas, 63% disseram aplicar seu dinheiro com foco em metas de curto e médio prazo.
Além disso, 40% dos entrevistados afirmaram escolher produtos com rendimento de investimento mais elevado, priorizando o CDB de banco digital como alternativa. Esses produtos, muitas vezes atrelados ao CDI, superam a rentabilidade da poupança com folga.
Em 12 meses, um CDB de banco digital que pagou 100% do CDI rendeu 11,28%, contra 7,30% da caderneta. Investidores mais atentos monitoram os ganhos semanalmente — reflexo de um público mais consciente e disposto a investir em banco digital com autonomia.
Rendimento superior ao CDI exige atenção ao risco de crédito
Apesar dos ganhos, o investidor precisa observar o risco de crédito, principalmente em bancos de médio porte que oferecem percentuais altos, como 130% do CDI. Esses bancos, por não terem o mesmo grau de confiança dos grandes, precisam oferecer atrativos maiores.
Essa lógica aumenta o risco de inadimplência. Por isso, limitar a exposição e verificar se o investimento está coberto pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) é essencial. Também é importante conferir a classificação da instituição no índice de Basileia.
Além disso, fundos com gestão ativa exigem cuidado com a taxa de administração de fundos, que pode corroer parte dos ganhos — um aspecto relevante na comparação com opções mais diretas, como o Tesouro Direto ou os próprios CDBs.
Fundos de investimentos digitais e carteiras online ganham espaço
Outra tendência é o crescimento dos fundos de investimentos digitais, que permitem acesso facilitado à diversificação de ativos com aplicações mínimas acessíveis. O investidor monta sua carteira de investimentos digital com base em seu perfil e metas, otimizando o retorno em relação ao risco assumido.
Esse movimento acompanha o crescimento da renda fixa entre os pequenos investidores. Produtos como CDBs, LCIs, LCAs e Tesouro Direto ganham tração no cenário de juros elevados, atraindo quem busca previsibilidade e segurança.
Ignacio Estivariz, vice-presidente de banco digital do Mercado Pago, avalia que o acesso à informação tem mudado o jogo. “Mesmo quem não entende todos os conceitos já consegue identificar oportunidades com retorno superior ao CDI, porque as ferramentas digitais tornaram o mercado mais acessível”, destaca.
Investimentos em banco digital impulsionam cultura de autonomia financeira
A escolha por investimentos em banco digital não se limita ao rendimento. Além disso, segundo a mesma pesquisa, 63% dos entrevistados apontaram a facilidade de navegação como principal motivo para a migração de instituições tradicionais para digitais.
Com o avanço da tecnologia, investimentos de curto prazo se tornaram mais eficientes e menos burocráticos. Ademais, plataformas de banco digital oferecem acesso rápido, comparadores de rentabilidade e informações em tempo real — o que favorece decisões mais embasadas e alinhadas aos objetivos do investidor.
