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Venda da Warner Bros.: Netflix, Comcast e Paramount fazem ofertas pela empresa

A disputa pela venda da Warner Bros. avançou após Netflix, Comcast e Paramount entregarem propostas até 20/11, marcando uma nova etapa no setor de entretenimento. A Netflix mira o acervo da companhia e admite rever sua política de lançamentos cinematográficos, enquanto a Comcast avalia sinergias entre NBC, Universal e Peacock, apesar da dívida elevada. A Paramount, sob David Ellison, busca a compra total, após ofertas iniciais recusadas, para reforçar o Paramount+ e ampliar a produção anual. Com valor de mercado de US$ 57 bilhões e dívida de US$ 33,5 bilhões, a Warner pode optar pela venda ou seguir com o plano de separar suas redes a cabo no próximo ano.
Warner Bros. entra em processo de venda, Netflix, Paramount e Comcast demonstram interesse
Famosa torre de água na sede Warner Bros., empresa no centro de um processo de venda analisado por grandes grupos do setor. (Foto: Divulgação)

Propostas para venda da Warner Bros. Entertainment foram entregues à empresa até a última quinta-feira (20/11), de acordo com prazo definido pelo conselho da Warner Bros. Discovery Inc. Na rodada de ofertas, participaram Netflix, Inc., Comcast Corporation e Paramount Global.

Esse processo marca um importante capítulo na reestruturação do setor de entretenimento, já que a empresa, dona de marcas como HBO e CNN, acumula atualmente valor de mercado de US$ 57 bilhões e dívida de US$ 33,5 bilhões.

Venda da Warner Bros. — a posição da Netflix

Em sua participação nas negociações de venda da Warner Bros., a gigante do streaming Netflix encaminhou oferta focada no acervo audiovisual da empresa, que inclui títulos clássicos e franquias de grande retorno comercial. Como parte de sua estratégia, a Netflix sinalizou disposição para revisar a prática de evitar estreias de filmes nos cinemas, caso concretize a aquisição.

Essa mudança operacional, se confirmada, ampliaria o alcance da plataforma no circuito tradicional e abriria espaço para novas janelas de receita. Entretanto, analistas ressaltam que essa possível negociação envolvendo a Warner Bros. exigiria ajustes financeiros e operacionais, pois a Netflix nunca realizou uma compra desse porte.

Estratégia econômica da Comcast e da Paramount

A Comcast, controladora da NBC e do estúdio Universal, avalia as sinergias entre seus canais, o serviço de streaming Peacock e os estúdios da Warner. Apesar da participação ativa no processo de venda da Warner Bros., a própria Comcast opera com dívida acima de US$ 99 bilhões. Portanto, isso adiciona cautela em qualquer transação envolvendo a Warner Bros.

Já a Paramount, sob liderança de David Ellison, busca a compra integral, incluindo canais a cabo como CNN, TNT e Cartoon Network. A expectativa é ampliar a oferta do Paramount+ e unificar operações de estúdios, com meta combinada de até 30 filmes por ano. Ellison já apresentou três propostas, chegando a US$ 23,50 por ação, todas recusadas; especialistas calculam que o valor desejado pela Warner se aproxima de US$ 30.

Caminhos futuros para a alienação da Warner Bros.

Esse processo de alienação da Warner Bros. ocorre em um mercado em que a migração da TV tradicional para o streaming pressiona receitas e acelera reorganizações corporativas. A depender da decisão final até o Natal, a transação pode redesenhar a distribuição de conteúdo global, alterar o equilíbrio competitivo entre plataformas e redefinir a escala necessária para sustentar produções de alto custo.

Porém, mesmo se não houver venda da Warner Bros., a separação planejada das redes a cabo pode reposicionar a empresa para novos compradores. Isso, por consequência, dará fôlego à reestruturação do setor, que segue em trajetória de ajustes e integração crescente.

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