A taxa de desemprego no Brasil alcançou 5,4% no trimestre de agosto a outubro e manteve o país em um dos menores patamares desde 2014. É o que informa a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta sexta-feira (28/11). A melhora ocorreu paralelamente à estabilidade da força de trabalho, o que reforça um recuo apoiado diretamente na redução do contingente de desocupados.
O número de desempregados no Brasil equivale a 5,9 milhões de pessoas, número 207 mil menor que no trimestre anterior. Embora o volume total de trabalhadores empregados tenha ficado perto de 102,6 milhões, praticamente sem alteração, a dinâmica interna das categorias mostra ajustes importantes: expansão do emprego com carteira assinada, aumento do trabalho por conta própria e redução do emprego doméstico. Esse padrão se repete desde o início do ano e atravessa diversos setores econômicos.
Taxa de desemprego no Brasil e seus vetores
O levantamento indica que a força de trabalho permaneceu em aproximadamente 108,5 milhões de pessoas, enquanto a taxa de participação recuou levemente para 62,1%. Em paralelo, setores como construção civil e administração pública ampliaram contratações, impulsionando parte da recomposição observada no trimestre.
Principais apontamentos (síntese do IBGE):
- Taxa de desemprego no Brasil: 5,4%
- Número de desocupados: 5,9 milhões
- Ocupados: 102,6 milhões
- Massa salarial: R$ 357,3 bilhões
- Desalentados: 2,6 milhões
- Renda média: R$ 3.528
O nível de desocupação do país também segue influenciado pela redução do desalento, que caiu para 2,6 milhões de pessoas, e por um avanço anual da renda real, que cresceu 3,9%. Esses indicadores, combinados, ajudam a explicar por que a pressão sobre o mercado laboral não aumentou mesmo com a estabilidade no volume de vagas.
Estrutura da ocupação no índice de desemprego nacional
O emprego formal segue como destaque no ano, com 39,2 milhões de trabalhadores com carteira assinada, alta de 927 mil pessoas em 12 meses. Já a ocupação sem carteira recuou para 13,6 milhões, enquanto o grupo de conta própria atingiu 25,9 milhões. A administração pública e os serviços sociais mantiveram trajetória de expansão, reforçando a massa salarial que alcançou R$ 357,3 bilhões, alta anual de 5%.
Principais apontamentos setoriais:
- Construção: +192 mil novas contratações
- Administração pública/educação/saúde: +252 mil novas contratações
- Outros serviços: –156 mil
Expansão de obras púbicas e o setor imobiliário justificam altas contratações e são fator importante na redução da taxa de desemprego no Brasil.
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Panorama sobre a falta de empregos no país
A combinação entre ganhos reais de renda, menor desalento e ajustes setoriais sugere que o mercado de trabalho chega ao fim de 2025 mais organizado e menos pressionado.
Portanto, num cenário de inflação moderada e atividade heterogênea entre setores, a taxa de desemprego no Brasil tende a seguir sensível às contratações públicas e ao dinamismo de serviços urbanos. Tratam-se de elementos que continuarão determinando o ritmo das próximas leituras do ano.
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