As vendas da Black Friday em 2025 iniciaram o dia sexta-feira (28/11) com faturamento de R$ 1,69 bilhão nas primeiras doze horas, avanço de 24,5% sobre o ritmo observado no ano passado. O crescimento se apoia em um salto expressivo no número de pedidos, ainda que o tíquete médio tenha recuado. Esse comportamento reforça a preferência por produtos de menor valor unitário, tendência observada desde o início de novembro.
O total de pedidos acumulou 3,27 milhões por volta das 12h00, alta de 44% em comparação a 2024, enquanto o tíquete médio caiu para R$ 518,38, retração de 17,87%. A dinâmica indica uma corrida por ofertas mais acessíveis, embora categorias de maior valor sigam liderando o faturamento.
Vendas da Black Friday em 2025 e os destaques do varejo digital
As categorias de maior faturamento repetem a hierarquia tradicional do varejo online:
- Smartphones — R$ 179,3 milhões nas primeiras 12 horas.
- Televisores (TVs) — R$ 166,2 milhões no início do dia.
- Geladeiras e linha branca — R$ 125 milhões no período inicial.
- Moda e acessórios — destaque em volume de pedidos.
- Beleza e perfumaria — forte procura por kits promocionais.
- Eletroportáteis — alta adesão por conta do preço mais acessível.
Cada faixa confirma que, mesmo com tíquete mais baixo, os itens de maior valor mantêm peso relevante nas vendas da Black Friday em 2025
A base de novembro já vinha se fortalecendo antes da virada oficial da data, pois, entre 1º e 27/11, o e-commerce atingiu R$ 39,2 bilhões, crescimento de 36,2% frente ao ano passado. O número de pedidos no mês subiu 48,8%, chegando a 124,9 milhões, porém com tíquete reduzido para R$ 313,98.
Efeito da antecipação reflete desempenho da Black Friday em 2025
Especialistas financeiros apontam que a chamada “fase pré-Black Friday” teve papel direto no impulso atual. Portanto, estima-se que pelo menos R$ 7,2 bilhões foram faturados nas semanas que antecederam o dia oficial, com mais de 51 milhões de itens vendidos. O ponto mais intenso ocorreu na quinta-feira (27), quando o varejo rompeu R$ 2,28 bilhões e cresceu 34,1% em relação ao mesmo momento da semana anterior.
Segundo Léo Homrich Bicalho, head de Negócios da analista de dados Confi Neotrust, “a estratégia de antecipação foi decisiva para capturar o consumidor antes mesmo da virada oficial de sexta-feira”.
Essa interpretação se alinha ao ambiente de forte competição entre varejistas, que ampliaram descontos e prazos ao longo do mês para disputar atenção e renda disponível, favorecendo o comércio na Black Friday em 2025,
Perspectivas diante do avanço das promoções
A XP avalia que a antecipação das ofertas é o que mais pode influenciar nos resultados finais da Black Friday em 2025, já que parte das compras antecedeu o dia simbólico. O motivo disso é por esse comportamento ja ter sido observado no ano passado, embora o cenário atual apresente uma competição mais intensa.
Apesar disso, o pagamento do 13º salário pode amenizar a redistribuição do consumo, favorecendo categorias sazonais e compras de fim de ano. A evolução das vendas da Black Friday em 2025, associada a essa dinâmica de renda, definirá o ritmo das próximas semanas, sobretudo em um ambiente no qual tíquete mais baixo convive com demanda firme por eletrônicos e eletrodomésticos.
