O Relatório Focus divulgado hoje, nesta segunda feira (01/12), trouxe uma revisão discreta nas projeções de inflação desta semana. O levantamento, divulgado pelo Banco Central (BC), reduziu o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2025 para 4,43%, enquanto a taxa Selic permanece estimada em 15% até o do ano. O ajuste reforça a leitura de desinflação lenta, ainda acima da meta, e preserva a discussão sobre juros elevados por um período prolongado.
Para 2026, o IPCA recuou para 4,17%, enquanto 2027 e 2028 seguem ancorados em 3,8% e 3,5%. Segundo economistas consultados pelo mercado, a trajetória reflete a combinação de desaceleração gradual da atividade e condições financeiras mais restritas, sem sinais de convergência rápida para o centro da meta.
Relatório focus hoje: principais pontos
Sob um olhar geral, a nova rodada do Relatório Focus divulgada hoje atualiza as principais variáveis monitoradas pelo mercado, com os seguintes números:
- IPCA 2025: 4,43%, leve redução semanal.
- Selic 2025: 15%, mantida há 23 semanas.
- PIB 2025: 2,16%, sem alterações recentes.
- Câmbio 2025: R$ 5,40, estável.
- IPCA 2026–2028: entre 4,17% e 3,5%, com variação mínima.
- Dívida líquida: avanço de 65,8% (2025) para 76% (2028).
- Superávit comercial: alta de US$ 62,8 bi para US$ 70,8 bi no período projetado.
O conjunto apresentado no Relatório Focus de hoje reforça a percepção de que o processo de desinflação continua, porém sem espaço para cortes agressivos nos juros. A estabilidade do câmbio em R$ 5,40–5,50 revela ausência de pressão externa imediata, ao passo que o avanço da dívida pública mantém atenção redobrada sobre a política fiscal.
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Atividade econômica segundo o relatório de mercado Focus
As projeções de PIB permaneceram em 2,16% para 2025, com estimativas que variam entre 1,78% e 2% nos anos seguintes. A combinação de juros elevados e crédito mais caro limita acelerações relevantes da economia, conforme avaliação de consultorias que acompanham as projeções semanais.
No setor externo, o superávit comercial crescente compensa parte do déficit em conta corrente, enquanto o quadro fiscal segue pressionado. A dívida líquida em trajetória ascendente e o resultado primário negativo ampliam o prêmio dos vencimentos longos da curva e ajudam a explicar por que a normalização monetária deve ocorrer de forma cautelosa.
Panorama ampliado das projeções do mercado
O que o relatório Focus hoje indica é a consolidação de um ambiente de preços mais comportados, que depende de avanços fiscais e de maior estabilidade internacional. Além disso, se observa que a política monetária tende a permanecer prudente enquanto a inflação seguir acima da meta. Devido a isso, o cenário externo continuará ditando parte do comportamento do câmbio e das expectativas de mercados, segundo o Focus.
Portanto, o alinhamento desses fatores será determinante para o ritmo de cortes ao longo de 2026 e para a resposta da atividade nos próximos trimestres.
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