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Fraude em consignados leva INSS a suspender Agibank após auditoria

A fraude em consignados identificada pelo INSS envolve contratos pós-óbito e juros atípicos, pressiona o Agibank e reacende debates sobre controle digital e proteção dos aposentados.
fraude em consignados investigada pelo INSS em contratos de crédito
Auditoria do INSS identifica indícios de fraude em consignados e pressiona a atuação do Agibank.

A expressão fraude em consignados abriu uma nova frente de fiscalização do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) após auditoria apontar 1.192 contratos pós-óbito relacionados ao Agibank. Esse conjunto de achados levou à suspensão por tempo indeterminado dos novos créditos oferecidos pelo banco a beneficiários da Previdência.

A auditoria também identificou juros anormais, muitos deles inferiores a 1% ao mês, valor distante do teto de 1,85% permitido nas operações destinadas a aposentados. A suspeita de técnicos consultados é de que o padrão incomum pode ter funcionado como disfarce para escapar de controles automatizados, prática que eles classificam como um desvio grave nos procedimentos.

Fraude em consignados no foco regulatório

Esse contexto ampliou a pressão sobre o banco, que já tinha recebido críticas por portabilidade irregular, um termo usado repetidamente em ações judiciais envolvendo aposentados. A instituição afirma que usa biometria facial, validação documental e cruzamento de dados para garantir a legitimidade das operações. Esse conjunto de procedimentos, segundo o banco, seria suficiente para afastar dúvidas sobre sua conduta.

O avanço recente das denúncias surge em um período de expansão, porque o Agibank ampliou sua carteira para 1,57 milhão de contratos desde 2021. Essa trajetória elevou o escrutínio sobre sua governança de risco, sobretudo em operações que envolvem descontos automáticos, dados sensíveis e consumidores idosos.

Fraude em consignados expõe distorções do setor

O histórico regulatório adiciona uma camada crítica ao caso, já que o banco firmou recentemente um termo de ajustamento por falhas anteriores. Esse cenário reacendeu discussões sobre segurança digital, protocolos de autenticação e limites de atuação das instituições que operam com benefícios previdenciários, área vista por analistas como vulnerável a distorções.

Em resposta, o Agibank afirmou que não foi notificado previamente da suspensão e reafirmou que desconhece irregularidades. Também afirmou que irá ressarcir integralmente qualquer valor indicado pela investigação. A instituição disse que suas demais operações seguem em normalidade, posição usada para preservar a confiança de clientes e reguladores.

Operações irregulares no crédito consignado

A repercussão do caso tende a influenciar próximos ajustes no ambiente regulatório, porque revela fragilidades nos sistemas de verificação, nas rotinas de auditoria eletrônica e no monitoramento de contratos sensíveis. A leitura de especialistas é de que a evolução do mercado exigirá mecanismos de validação mais robustos, já que a fraude em consignados tornou evidente a necessidade de fortalecer controles automáticos e garantir transparência nas operações que envolvem aposentados. Esse cenário também pressiona o INSS a ampliar ferramentas de supervisão e aprimorar processos internos de acompanhamento.

O que diz o Agibank

Em nota ao Economic News Brasil, o Agibank afirmou que não foi comunicado previamente da suspensão adotada pelo INSS e que busca acesso aos autos para analisar os apontamentos feitos pela autarquia e pela Controladoria-Geral da União. A instituição reiterou que seus contratos passam por protocolos como biometria facial, validação documental e cruzamento de dados, e declarou desconhecer práticas irregulares. O banco também informou que irá ressarcir eventuais valores identificados pela investigação e que suas demais operações continuam em funcionamento, incluindo atendimento a beneficiários.

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