As franquias no Brasil registraram faturamento de R$ 76,6 bilhões no terceiro trimestre, resultado que representou uma elevação de 9,1% frente ao mesmo período de 2024. Os dados são de um estudo trimestral de desempenho do franchising realizado pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), divulgados nesta quinta-feira (04/12). A combinação entre demanda crescente por serviços e ajustes de eficiência interna manteve o setor aquecido, mesmo com juros elevados. O avanço também refletiu a expansão da base instalada, já que redes intensificaram revisão de processos e ampliaram unidades.
Além disso, a leitura da ABF indica que índices favoráveis de confiança, inflação e desemprego contribuíram para manter o consumo estável, o que ajudou a sustentar o mercado brasileiro de franquias, em meio ao custo de capital elevado. Segundo Tom Moreira Leite, presidente da ABF a trajetória segue ancorada em eficiência de gestão e entregas consistentes ao consumidor
“O sistema de franquias alia inovação, capacidade de adaptação em cenários adversos e força coletiva, o que está refletido nesse crescimento do terceiro trimestre deste ano”, afirmou o presidente da ABF.
Franquias no Brasil e os segmentos que mais cresceram
O desempenho das franquias no Brasil no terceiro trimestre confirmou um padrão de avanço concentrado em atividades de serviços urbanos, cuidados pessoais e conveniência. A combinação entre rotinas mais intensas nas grandes cidades, mudanças nos hábitos de consumo e maior busca por soluções especializadas fez com que alguns segmentos acelerassem acima da média nacional.
Os dados da ABF mostram que a expansão foi puxada principalmente por setores diretamente ligados ao cotidiano das famílias, ao turismo e à alimentação fora do lar. Entre alguns setores apontados, temos:
- Limpeza e Conservação: crescimento de +14,5%
A expansão decorre de lares compactos, maior demanda por serviços externos e reorganização da rotina doméstica nas grandes cidades. - Saúde, Beleza e Bem-Estar: crescimento de +13,1%
Impulsionado por serviços recorrentes, procura crescente por autocuidado e maior diversificação de formatos de atendimento. - Alimentação – Comércio e Distribuição: cresceu +12,7%
O avanço reflete preferência por conveniência, ampliação de canais e atuação mais ágil das redes no varejo alimentar. - Entretenimento e Lazer: teve crescimento de +11,8%
A alta acompanha o retorno consistente das atividades presenciais e o fortalecimento do consumo de experiências. - Hotelaria e Turismo: cresceu +9,1%
A demanda interna, sobretudo em destinos regionais, sustentou o faturamento e ampliou o fluxo de serviços associados.
Esse conjunto demonstra como as franquias no Brasil vêm ajustando oferta, formatos e eficiência operacional para responder ao consumidor pós-pandemia. A diversificação dos segmentos líderes também indica uma base estruturada em serviços recorrentes, hospedagem, alimentação e conveniência. Portanto, pilares que ampliam a resiliência e a competitividade do setor no médio prazo.
Avanço da base instalada no franchising brasileiro
Além do faturamento, o setor ampliou sua presença física. No terceiro trimestre, surgiram 4.644 novas operações, totalizando 200.152 unidades no país. A abertura reflete uma combinação entre disposição de empreendedores para ingressar no franchising e estratégias das redes para fortalecer regiões de maior densidade urbana.
Essa expansão também consolidou o crescimento acumulado dos últimos 12 meses, que chegou a 10,8% e levou o faturamento anual das franquias no Brasil a R$ 293,535 bilhões.
Novo ciclo para a estrutura nacional de franquias
O quadro das franquias Brasil indica uma fase de reconfiguração do ecossistema, impulsionada pela busca por práticas mais eficientes e pela ampliação dos serviços nas grandes cidades, aspectos reforçados pelos dados da ABF e por análises recentes do varejo.
A combinação entre serviços recorrentes, formatos compactos e especialização tende a moldar o ritmo competitivo das redes de franquias ao longo de 2025, enquanto a sensibilidade a custos e a necessidade de precisão operacional seguirão guiando decisões das empresas. Portanto, o setor entra no próximo trimestre com base ampliada, diversificação ativa e espaço para aprofundar ganhos estruturais.
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