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Caminhões autônomos da Vale chegarão a 90 unidades no Sistema Norte até 2028

A Vale firmou acordo com Caterpillar e Sotreq para ampliar de 18 para 90 a frota de caminhões autônomos no Sistema Norte até 2028, elevando eficiência, reduzindo consumo de diesel e reforçando a segurança nas minas de Carajás. Segundo o vice-presidente Carlos Medeiros, a expansão faz parte de um plano de adoção em larga escala, apoiado na conversão de veículos atuais e na capacitação de mais de 260 profissionais. Saiba mais na matéria completa.
Caminhões autônomos da Vale em operação no Sistema Norte
Caminhões autônomos da Vale avançam no Sistema Norte e devem atingir 90 unidades até 2028. (Foto: Reprodução)

Os caminhões autônomos da Vale (VALE3) serão ampliados para 90 unidades no Sistema Norte até 2028, consolidando a maior expansão tecnológica na região. O acordo, firmado com as empresas de equipamentos pesados Caterpillar e Sotreq, multiplica por cinco a frota prevista para o fim de 2024 e redefine parâmetros operacionais na principal província produtora de minério de ferro e cobre da companhia.

De acordo com o vice-presidente de Operações, Carlos Medeiros, “esse contrato foi mais um passo na direção de um plano maior, que é a adoção desses caminhões em larga escala”. Como a maior parte da expansão virá da conversão de veículos já em uso, a transição ocorre sem ruptura abrupta do parque industrial. Atualmente, a companhia opera entre 130 e 140 equipamentos na região, combinando modelos tradicionais e autônomos. Esse conjunto sustenta o transporte em minas com profundidade que chega a 300 metros, cenário no qual a operação autônoma tende a ganhar relevância adicional.

Caminhões autônomos da Vale ampliam eficiência e reduzem emissões

A empresa relata que a condução mais suave dos veículos sem motorista proporcionou até 15% de ganho de rendimento e redução de 7,5% no consumo de diesel nas unidades já implantadas. Além disso, Medeiros destaca que “um equipamento autônomo é mais seguro”, além de apresentar melhor desempenho operacional que os modelos convencionais.

O avanço também prepara a migração para caminhões de maior capacidade: dos atuais 320 toneladas para 400 toneladas no novo contrato. Esses resultados sustentam a visão de que a frota de veículos sem motorista pode apoiar o aumento de produção e a reorganização do número total de equipamentos.

Frota autônoma da Vale impulsiona qualificação e integração digital

A automação avança acompanhada por um plano de capacitação voltado a funções de maior complexidade no ambiente digital. Desde 2019, mais de 260 empregados foram treinados para atuar nos novos processos e interagir com sistemas autônomos. A medida reforça a reorganização das tarefas em áreas críticas.

Em Serra Sul, a frota operará integrada ao modelo truckless, que transporta minério por correias de longa distância e colabora para reduzir emissões na etapa logística. Essa combinação amplia a agenda ambiental da companhia e integra tecnologias que elevam consistência, disponibilidade e previsibilidade das operações.

Leia também: Resultados da Vale 3T25: maior produção de minério de ferro desde 2018

Caminhões autônomos já atuam na Vale desde 2019, saiba como funciona a operação:

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Novo cenário com frota avançada

A ampliação da frota de caminhões autônomos da Vale tende a influenciar a dinâmica competitiva entre mineradoras. Isso porque o setor de mineração nacional, cada vez mais, intensifica investimentos para mitigar custos operacionais e ampliar a segurança em ambientes complexos.

E embora o ritmo dessa adoção varie conforme perfil geológico e infraestrutura de cada mina, o avanço no Sistema Norte cria sinalização relevante para 2026–2028, quando a pressão por produtividade e menor impacto ambiental deve intensificar decisões estratégicas. Portanto, o quadro sugere que o uso de veículos sem motorista poderá moldar as escolhas de investimento da mineração brasileira nos próximos ciclos.

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