O BTG Pactual projeta que o lucro das empresas brasileiras deve crescer em 2026, impulsionado pelo alívio esperado na taxa Selic e pela melhora gradual do crédito. As estimativas, divulgadas nesta quarta-feira (10/12), indicam que as companhias listadas, excluindo Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3), devem atingir R$ 339,7 bilhões em resultados no próximo ano. Uma alta de 17% ante 2025, mesmo com PIB projetado para desacelerar a 1,5%.
Segundo o relatório, a queda de 3 pontos percentuais na taxa básica ao longo de 2025 tende a reduzir despesas financeiras. Além disso, devem liberar caixa e permitir margens mais confortáveis na virada do ciclo monetário. Quando Petrobras e Vale são incluídas, o lucro das empresas brasileiras consolidado chega a R$ 475,6 bilhões, expansão anual de 8,2%. O BTG também calcula avanço de 12,5% para empresas expostas ao mercado interno, enquanto o setor de commodities deve crescer apenas 1,2% após forte alta prevista para 2025.
Setores que devem impulsionar o lucro das empresas brasileiras em 2026
A análise do BTG mostra que a recuperação tende a se concentrar em segmentos diretamente favorecidos pelos juros menores e pela reativação do crédito. Bancos e varejo aparecem como os principais vetores da expansão prevista no lucro das empresas brasileiras em 2026.
Nesse contexto, o BTG Pactual aponta que:
- Bancos devem liderar a alta, com aumento de 14% nos lucros e acréscimo de R$ 15,8 bilhões.
- Banco do Brasil (BBAS3), Bradesco (BBDC4) e Itaú (ITUB4) puxam o avanço, apoiados pela normalização da carteira rural e retomada do crédito.
- A eventual queda da Selic reduziria custos financeiros, ampliando margens e fortalecendo resultados.
- Lucro das empresas brasileiras do setor do varejo deve crescer 34% nos lucros agregados, segundo o BTG.
- Natura (NATU3), RD Saúde (RADL3) e Assaí (ASAI3) concentram boa parte da expansão prevista.
- Cada corte de 100 pontos-base na Selic pode elevar cerca de 4% do varejo, refletindo sua alta sensibilidade ao custo do capital.
No conjunto, o BTG Pactual avalia que o ciclo de afrouxamento monetário tende a sustentar a retomada do lucro das empresas brasileiras em 2026, ampliando o ganho de fôlego entre setores dependentes do crédito e de condições financeiras mais suaves.
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